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Agência poupa marido de ministeriável de punição
Empresa de Colin Foster descumpriu contrato com a ANP e não foi punida
Pena poderia variar de advertência à perda de contrato; mulher de Foster é cotada para cargo próximo a Dilma
FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA
A empresa do marido de
Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras e nome
cotado para o primeiro escalão do governo Dilma Rousseff, deixou de cumprir contrato com a ANP (Agência
Nacional do Petróleo) e foi
poupada de punição.
Mesmo depois de constatar que a C. Foster descumpriu o plano de trabalho inicial para explorar petróleo
em Sergipe, a ANP isentou a
empresa de punições, justificando que houve "fornecimento tardio" de informações pela Petrobras.
A decisão da ANP foi tomada em novembro de 2007,
dois meses depois de Graça,
como Maria das Graças Foster é conhecida, assumir diretoria de Gás e Energia da
Petrobras.
Na resolução em que poupou a empresa, a ANP diz
que a Petrobras forneceu
com atraso "informação relevante e restrições ambientais" para a exploração.
De propriedade de Colin
Foster, a C. Foster venceu leilão, em 2005, e assinou contrato com a ANP para explorar uma área inativa na Cidade de Pirambu (SE).
Segundo a Petrobras, as
informações com os detalhes
da área foram encaminhadas
à ANP em abril de 2006, 26
dias depois de a agência ter
feito a solicitação.
À Folha a ANP não disse
quanto tempo a Petrobras
demorou nem o prazo que tinha para fornecer os dados.
Mas, no final de 2007, a diretoria da agência isentou de
punição a C. Foster, que desistiu da exploração do local
por considerar inviável.
A decisão que cita o fornecimento tardio de dados pela
Petrobras e que favoreceu a
empresa do marido de Graça
foi registrada em ata.
A ANP e a Petrobras negam, porém, que a C. Foster
tenha sido beneficiada.
As punições para quem
não cumpre contratos e licitações podem variar de advertência à perda de contrato, com multas de R$ 10 mil a
R$ 1 milhão.
Na semana passada, a Folha revelou que a C. Foster
firmou 42 processos de compra com a Petrobras a partir
de 2007, ano em que Graça
ganhou cargo de direção na
estatal. A Petrobras nega ter
favorecido a empresa.
A relação de Graça com a
empresa de seu marido já
provocou indisposição no
governo Lula e foi alvo de
sindicância na Petrobras
-que diz não ter encontrado
provas de improbidade.
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