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Dilma convida lulistas para núcleo político do Planalto
Palocci e Gilberto Carvalho são chamados a compor "cozinha" do governo
Ex-ministro da Fazenda deve ir para Casa Civil e assessor de Lula para a Secretaria-Geral; eleita
quer Cardozo na Justiça
Alan Marques/Folhapress
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NOVO GRUPO: Belchior, Cardozo, Mantega e Tombini
após anúncio da equipe econômica de Dilma
DE BRASÍLIA
Em conversa ontem com o
presidente Lula, Dilma Rousseff montou o seguinte desenho para a cozinha do Palácio do Planalto: Antonio Palocci na Casa Civil e Gilberto
Carvalho na Secretaria-Geral
da Presidência. Ambos são
nomes da absoluta confiança
do atual presidente.
Palocci e Carvalho já foram convidados pela presidente eleita para fazer parte
do núcleo político de seu governo. Além deles, Dilma já
formalizou convites para o
ministro Paulo Bernardo, de
saída do Planejamento, e o
deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que deve assumir o Ministério da Justiça.
Segundo a Folha apurou,
Dilma já avisou tanto Palocci, ex-ministro da Fazenda,
como Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, que
suas funções devem ser mesmo a Casa Civil e a Secretaria-Geral, respectivamente.
Um assessor da presidente
eleita, porém, disse que ela
ainda poderia fazer uma mudança de última hora, por
conta das negociações de outros cargos do seu ministério.
Os convites foram feitos na
semana passada.
Com a decisão de encaixar
Carvalho no Planalto, Bernardo, antes cotado para o
núcleo político, deve ser indicado para outro ministério.
Ele esteve reunido ontem
pela manhã com Dilma. Ao
sair, limitou-se a dizer que
havia recebido um "convite
genérico", não especificando
sua nova área de atuação.
Bernardo pode ser deslocado para Previdência, Cidades ou Comunicações. No
seu lugar no Planejamento ficará Miriam Belchior, anunciada ontem oficialmente.
O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais), que havia sido cotado
para outros ministérios, deve
continuar fazendo a interlocuções com parlamentares.
REDESENHO
A ida do chefe de gabinete
de Lula para a Secretaria-Geral da Presidência vai alterar
os planos de Dilma. Ela planejava mudar as funções da
pasta, mas agora deve deixar
na secretaria a articulação
com entidades como o MST,
sindicatos e igrejas.
A Casa Civil perderá a função de gerente do PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento) e do Minha Casa, Minha Vida, mas seguirá
com a sua principal atividade: coordenação política de
todos ministérios e assessoramento da presidente.
Escolhidos os nomes dos
ministros políticos, que devem ser anunciados até a
próxima semana, Dilma começará a negociar a indicação de nomes ligados aos
partidos da base aliada.
Para finalizar as negociações, ela decidiu cancelar a
viagem que faria com Lula
para a reunião da Unasul
(União das Nações Sul-americanas), que acontece na
Guiana hoje e amanhã.
Segundo a Folha apurou,
Dilma acertou com o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), com
quem se reuniu anteontem,
que seu partido irá recuperar
a pasta da Integração Nacional e ganhará a do Turismo.
Em contrapartida, perderá
a de Ciência e Tecnologia.
Para compensar o PMDB
pela perda da Integração Nacional, Dilma cogita indicar
um peemedebista para o Ministério das Cidades, dando
outra pasta ao PP. (VALDO CRUZ,
KENNEDY ALENCAR, NATUZA NERY,
RANIER BRAGON, MÁRCIO FALCÃO e
FERNANDO RODRIGUES)
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