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Eleita garante autonomia ao BC, diz novo presidente
Tombini afirma que manter meta de inflação será sua prioridade no órgão
Escolhido por petista para a presidência do banco, ele precisa ter seu nome aprovado pelo plenário do Senado
DE BRASÍLIA
Escolhido para ser o novo
presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini afirmou
ontem que assumirá o cargo
com total autonomia, assegurada pela presidente eleita, Dilma Rousseff.
Durante anúncio oficial da
indicação, ele disse que a petista lhe garantiu que "nesse
regime [de metas de inflação]
não há meia autonomia ao
BC. É autonomia total".
A discussão sobre a independência do BC no gerenciamento da política monetária teria sido um dos motivos
da discórdia entre Dilma e o
atual presidente do banco,
Henrique Meirelles
Ele anunciou ontem o fim
de sua gestão, antes de o governo de transição confirmar
a indicação de Tombini.
Funcionário de carreira do
BC, Tombini reforçou como
sua prioridade à frente do órgão a manutenção da meta
de inflação, definida pelo
Conselho Monetário Nacional. Ele foi um dos formuladores da política de metas de
inflação, criada em 1999.
Tombini afirmou ainda
que deixará as portas abertas
para que profissionais que
hoje estão no setor privado
reforcem a equipe. "É natural
que, no futuro, colegas do
mercado venham a trabalhar
em cargos no BC."
Com a apresentação da nova equipe econômica, o governo Dilma deverá encerrar
a disputa travada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e Meirelles nos últimos
quatro anos.
Como símbolo da aproximação entre as vertentes fiscal e monetária da política
econômica, Tombini e Mantega encerraram a apresentação com um efusivo abraço.
Tombini precisará ser sabatinado pela CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado e ter seu nome aprovado pelo plenário
da Casa para ser oficializado.
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