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Falta de espaço na propaganda abre crise com candidatos do PT
Postulantes a vaga de deputado defendem estratégia diferente
DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO
A decisão de utilizar o espaço de candidatos a deputado federal e estadual na propaganda eleitoral para pedir
votos na legenda abriu uma
crise no PT de São Paulo.
A direção estadual do partido tem recebido uma série
de reclamações de petistas
que disputam cadeiras no
parlamento, inconformados
com a perda de espaço. Por
isso, decide hoje se mantém
ou modifica a estratégia no
programa do partido.
No último dia 3 de agosto a
Folha publicou que a Executiva da sigla no Estado havia
decidido, por unanimidade,
utilizar o tempo de propaganda dos candidatos a deputado para divulgar o número da legenda e de quebra
ampliar a aparição de Aloizio
Mercadante, candidato do
partido ao governo do Estado, no horário eleitoral.
Mas, após o início da propaganda, os candidatos a deputado pelo PT começaram a
reclamar. Segundo eles, a
exposição de postulantes a
vagas na Câmara e na Assembleia de outros partidos
que fazem parte da coligação
ameaça a eleição dos petistas, que perderam o espaço
no horário eleitoral.
O fato de a Justiça Eleitoral
ter punido Mercadante por
considerar que ele invadiu o
bloco destinado à propaganda de candidatos a deputado
agravou a crise.
Edinho Silva, presidente
do PT-SP e principal fiador
da estratégia vigente, encomendou pesquisa qualitativa para avaliar o desempenho do modelo atual da propaganda eleitoral.
Os dados foram colhidos
anteontem e devem ser apresentados hoje.
Edinho conta com o apoio
de nomes tradicionais do
partido. "Acho que vale mais
pedir o voto na legenda do
que ficar com 10 segundos
para cada candidato. Melhor
divulgar o partido", disse o
líder do PT na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza,
que disputa a reeleição.
O PT, no entanto, já recuperou as gravações feitas
com os candidatos antes do
início do horário eleitoral. Se
decidir por modificar a estratégia, poderá começar a exibir já nesta sexta-feira os
seus candidatos.
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