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Presidente do STJ desiste de dar sua versão
Acusado de agressão por ex-estagiário, Ari Pargendler havia dito que falaria ontem sobre o caso, mas não o fez
Ministro disse que vai prestar esclarecimento só à Justiça; estudante afirma que foi demitido por ele sem justa causa
DE BRASÍLIA
O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Ari
Pargendler, afirmou ontem,
por meio de sua assessoria de
imprensa, que não falará sobre queixa prestada contra
ele por um estudante que alega ter sido vítima de agressão
física e moral. O ministro se
limitará a prestar os esclarecimentos à Justiça.
Na semana passada, Marco Paulo dos Santos, 24, ex-estagiário do tribunal, registrou boletim de ocorrência na
Polícia Civil do Distrito Federal dizendo que foi demitido
por Pargendler, sem justa
causa, enquanto esperava na
fila de um banco nas dependências do STJ.
Na sexta-feira passada, a
Folha foi informada que Pargendler falaria ontem sobre
o caso, o que não ocorreu. A
assessoria do tribunal disse
que ele não se manifestaria.
A queixa do estudante foi
enviada ao STF (Supremo
Tribunal Federal) -onde
Pargendler tem prerrogativa
de foro- pelo delegado Laércio Rossetto, da delegacia
onde o caso foi registrado.
À Folha Marco Paulo relatou o que disse ter vivenciado: "Eu fui ao banco depositar um cheque e me dirigi a um caixa vazio, mas fui abordado por um agente, explicando que apenas um caixa
funcionava", afirmou.
"O terminal estava ocupado por um senhor, que até
então eu não sabia quem era.
Fiquei esperando na faixa
que delimita a distância, pois
ali é uma zona de passagem e
não poderia ficar mais atrás".
Ele diz que Pargendler
olhou para ele e disse: "Quer
sair daqui?". "Em tom autoritário, ele mandou eu sair de
onde eu estava. Como eu não
saí, ele se apresentou: "Sou
Ari Pargendler, presidente
do STJ, e você está demitido.
Isso aqui para você acabou".
Uma hora depois, segundo
ele, chegou a carta com a sua
demissão e um suposto aviso
de que havia cometido uma
"falta gravíssima de respeito", mas que o ocorrido não
seria registrado.
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