São Paulo, terça-feira, 26 de outubro de 2010

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A 6 dias da eleição, Dilma lança "diretrizes"

Candidata defende generalidade das propostas do plano de governo e afirma que são "gerais, não são meta"

Questionada sobre a área econômica, a petista afirma que vai manter câmbio flutuante e "ter blindagem internacional"

ANA FLOR
DE SÃO PAULO

A seis dias da votação do segundo turno, a campanha de Dilma Rousseff (PT) lançou ontem em São Paulo 13 diretrizes para simbolizar o seu plano de governo.
A divulgação oficial do documento, intitulado "Os 13 compromissos programáticos de Dilma Rousseff para debate na sociedade brasileira", ocorreu em uma reunião fechada com lideranças dos partidos da coligação.
Dilma ficou menos de 30 minutos no local. Deixou a reunião alegando que precisava "poupar a voz" para o debate da noite, na Record.
Dilma defendeu a generalidade das propostas afirmando que se tratava de "diretrizes". "Eu chamo esses 13 compromissos da construção da nossa governabilidade", disse ela.
"São gerais, não são meta. Refletem um esforço da nossa coligação, dos nossos 11 partidos, de deixar claro as nossas diretrizes", afirmou.
O programa de governo deflagrou uma das primeiras polêmicas da campanha.
Em julho, a equipe de Dilma protocolou na Justiça um programa que incluía uma série de pontos polêmicos, como o controle social dos meios de comunicação a revogação da lei que torna propriedades invadidas por sem-terra indisponíveis para a reforma agrária.
Diante da repercussão negativa, o PT recuou no mesmo dia. Retirou o texto e apresentou um novo, sem os pontos polêmicos. Dilma, que havia rubricado o texto, admitiu que não tinha lido: "Só rubriquei, não assinei".
A campanha decidiu então redigir um novo documento, definitivo, que incorporasse as sugestões -mais moderadas- dos partidos aliados.

DIRETRIZES
O primeiro ponto das diretrizes divulgadas ontem é "expandir e fortalecer a democracia política, econômica e socialmente". Ambiente, tema alçado a prioridade para ter votos de Marina Silva (PV), ganhou um tópico.
Questionada sobre as propostas para a área econômica, Dilma disse que não há uma diretriz específica. "O que vamos seguir [é] câmbio flutuante, inflação sob controle e ter uma política de blindagem internacional."


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