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JUSTIÇA
Juiz tranca investigação sobre a quebra de sigilo de ligados ao PSDB
DE BRASÍLIA - A Justiça Federal
condicionou a continuidade
da investigação da quebra de
sigilo de pessoas ligadas ao
PSDB à explicação da Polícia
Federal sobre um extrato telefônico anexado ao inquérito.
O juiz da 12ª Vara Federal,
Marcus Vinícius Bastos, determinou que, antes de prosseguir com a apuração, a PF esclareça a origem de uma planilha com ligações feitas pelo
despachante Dirceu Garcia.
Ele é apontado pela polícia
como o intermediário da quebra de sigilo do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, e
de outras seis pessoas.
Garcia entregou à PF o extrato para comprovar ligações
dele com o jornalista Amaury
Ribeiro Jr., que, segundo as investigações, encomendou e
pagou pelos documentos sigilosos. Amaury nega participação na quebra de sigilo.
Em depoimento à PF, o despachante admitiu que recebeu
R$ 12 mil de Amaury para comprar declarações de pessoas
próximas a José Serra (PSDB).
Ele entregou ainda "autorização de quebra de sigilo" agora
questionada por Amaury.
O despachante apresentou
também uma lista sem timbre
da operadora de telefonia com
histórico de ligações. A Justiça
aceitou o pedido do jornalista,
que questiona a legalidade da
documentação anexada sem
autorização.
O despacho do juiz que pede explicações à PF é do dia 16
de novembro. Procurado, o
magistrado, que está em férias, não foi localizado.
A polícia diz que desconhece qualquer solicitação da Justiça, que no início do mês requisitou o inquérito.
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