São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2010 |
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Toda Mídia NELSON DE SÁ - nelsonsa@uol.com.br
Guerra no ar
Como na cobertura histórica que estabeleceu a emissora no Rio, na enchente de 1966 , a Globo abriu suas câmeras ontem para a operação na favela de Vila Cruzeiro, com dois helicópteros, no final da manhã. Atravessou "RJTV" e "Hoje" e avançou até o fim da tarde, sem trégua. Segundo o Blue Bus, a audiência no final era 50% superior à habitual.
// TANQUES Pouco antes das 17h, seis dos dez "trending topics" mundiais do Twitter tratavam da operação no Rio. Entre outros, BOPE, Vila Cruzeiro e Complexo. Na cobertura externa, a atenção foi para a entrada em cena de tanques e outros blindados. Foi o destaque dos sites dos canais de notícias BBC e Al Jazeera. E tomou as páginas iniciais do francês "Le Monde", dos espanhóis "El País" e "El Mundo" e dos argentinos "Clarín" e "La Nación", sempre abrindo fotos dos veículos militares. Na chamada, o "El País" afirmou ser "a batalha decisiva contra o narcotráfico". Já o britânico "Telegraph" ressaltou o uso de "táticas duras e suaves" no Rio, com Bope e as UPPs. // O MENOR DESEMPREGO Antes da guerra, até o meio-dia nas manchetes de UOL e outros portais, "Desemprego é o menor" da série histórica do IBGE. Foi também o principal destaque da Reuters Brasil, anotando que São Paulo, "o Estado que mais sofreu com a crise", agora "está puxando o país". E "a mola da expansão" é a indústria. Tranquilidade A nova "Economist" avalia a equipe econômica de Dilma Rousseff, sob o título "Muitas perguntas, algumas respostas". Em suma, como Lula em 2002, ela "tranquiliza os investidores nervosos de que vai, sim, manter a retidão fiscal e monetária". Coordenação E o "Financial Times", no editorial "Cabeças falantes", saúda o anúncio de cortes por Guido Mantega e de autonomia por Alexandre Tombini como "os barulhos certos". Mas cobra mais "coordenação" de Dilma na política de reajustes do salário mínimo. // OBAMA & DILMA, NÃO No portal R7 e em outros, no final do dia, "Dilma recusa convite para visitar Obama nos EUA" antes da posse. O assessor para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, afirmou que a presidente eleita já respondeu ao embaixador Thomas Shannon, a quem ela "disse que tem todo interesse de encontrar Obama logo depois". Dilma estará hoje na cúpula da Unasul, ao lado de Lula, na Guiana. Segundo o "Valor", o foco do encontro é criar um "mecanismo enxuto e operacional" para reagir a golpes contra a "ordem democrática". Segundo o enviado da Associated Press, em despacho por "Washington Post" e outros, "Líderes sul-americanos vislumbram carta democrática", como guia para o bloco de 12 nações. // WIKILEAKS E O BRASIL Segundo a Bloomberg, o governo americano espera para o fim de semana, talvez hoje, a divulgação de "centenas de milhares" de documentos pelo site WikiLeaks, via "New York Times", "Guardian" e "Der Spiegel". Agora seriam relatórios do Departamento de Estado. O temor é que a divulgação "possa afetar negativamente as relações externas dos EUA". Em entrevista ao "Estado de S. Paulo" há duas semanas, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, avisou que há documentos sobre o Brasil, desta vez: "Não posso dizer de quem se trata. Sabemos que parte da informação que temos sobre o Brasil poderia ter abalado as pretensões eleitorais de algumas pessoas". Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Leia mais, pela manhã, em www.todamidia.folha.blog.uol.com.br Texto Anterior: Seminário discute liberdade de imprensa no país Próximo Texto: DEM não reagirá a debandada de Kassab Índice | Comunicar Erros |
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