São Paulo, quarta-feira, 27 de abril de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros Alckmin demite Afif e reacomoda DEM no governo De saída para partido de Kassab, vice-governador perde comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ex-democrata desejou "êxito" ao sucessor, o tucano Paulo Alexandre Barbosa, e se disse à disposição de Alckmin DANIELA LIMA FELIPE CARUSO DE SÃO PAULO O vice-governador Guilherme Afif Domingos pagou ontem o preço pela aliança com o prefeito Gilberto Kassab no projeto de deixar o DEM para fundar um novo partido, o PSD. Ele perdeu a chefia da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, que ocupava desde o início da gestão do governador Geraldo Alckmin. A queda do vice foi seguida pela indicação do deputado federal Rodrigo Garcia, do DEM, para a pasta de Desenvolvimento Social. Pela reacomodação, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que comandava a secretaria dos programas sociais, irá para o lugar de Afif, como antecipou o Painel no dia 9. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico coordena projetos prioritários para o governo. Barbosa é a aposta de Alckmin para a Prefeitura de Santos, em 2012. Ainda ontem, Afif divulgou nota na qual desejou "êxito" ao sucessor. "Da minha parte, continuo à disposição do governador para as missões que me forem delegadas", finalizou. Alckmin minimizou a demissão do vice e negou que seja uma punição. "Imagine. É uma mudança natural para reorganizar os partidos no governo", disse. DEMISSÃO Aliados do governador passaram a defender o esvaziamento político de Afif desde o dia em que ele anunciou que migraria para o PSD. O incômodo aumentou quando o prefeito o colocou como pré-candidato à sucessão na capital e ele admitiu concorrer pela nova sigla. Líderes do DEM passaram a pedir publicamente a vaga de Afif no governo, o que deu ao governador uma justificativa para a demissão de Afif. O PSD será criado para Kassab bancar a candidatura de um sucessor em 2012 e uma campanha ao governo estadual em 2014, provavelmente contra Alckmin. CRONOLOGIA Para selar o acordo, Alckmin teve um encontro com o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), por volta do meio-dia. O governador queria dar à sigla a Secretaria de Agricultura, mas seus caciques exigiram uma estrutura maior. Alckmin, então, cedeu a pasta de Desenvolvimento Social, na qual promete investir R$ 3 bilhões até 2014. "Isso sela a parceria com o PSDB. O nome de Garcia como pré-candidato à Prefeitura em 2012 está à disposição da aliança", disse Agripino. Pouco depois, o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, comunicou Afif de que a demissão seria oficializada. Às 18h30, Alckmin fez a confirmação ao vice. Texto Anterior: A volta do tesoureiro do mensalão Próximo Texto: FHC admite chance de fusão entre DEM e PSDB Índice | Comunicar Erros

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