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PRESIDENTE 40 ELEIÇÕES 2010
PV atacará "empreguismo" na gestão Lula
Crítica a inchaço da máquina será reforçada hoje durante anúncio de novo programa de governo de Marina Silva
Candidata defende asilo
ao ex-militante italiano
Cesare Battisti, que teve
a extradição aprovada
pelo STF em novembro
BERNARDO MELLO FRANCO
DE SÃO PAULO
O suposto inchaço da máquina federal na gestão do
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva é o próximo alvo da
candidatura de Marina Silva
(PV) ao Palácio do Planalto.
Ela deve reforçar as críticas à ineficiência do Estado e
defender uma redução drástica no número de cargos comissionados e no gasto com
custeio da máquina federal.
O tema será explorado como estratégia para diferenciá-la de Dilma Rousseff (PT)
e José Serra (PSDB), que têm
prometido criar novos ministérios e órgãos federais.
"Não vamos criar órgão algum, até porque achamos
que este governo inchou
muito a máquina", disse à
Folha o coordenador do programa de governo da senadora, Paulo Sandroni.
Na contramão dos adversários, a equipe de Marina
estuda um pacote para cortar despesas e até mesmo extinguir órgãos públicos. O tema será abordado hoje na
apresentação de novas diretrizes do plano do PV, mas
ainda sem metas concretas.
Segundo Sandroni, é preciso "fechar os ralos por onde escorre a riqueza". "O Estado está inchado por empreguismo, excesso de gente
e desperdício. Isso é o que
aumenta a dívida pública."
Até aqui, Marina vem poupando o governo de críticas
pelo suposto aumento da
máquina. Ela costuma repetir que não acredita em "Estado máximo ou mínimo,
mas em Estado necessário".
O vice Guilherme Leal tem sido mais incisivo nas críticas
ao "desperdício".
CASO BATTISTI
Em sabatina no portal Terra, ontem, a candidata defendeu a permanência no Brasil
do italiano Cesare Battisti,
condenado em seu país por
quatro homicídios na década
de 1970.
"O Brasil já deu abrigo até
a ditadores. Por que com ele
seria diferente? O Brasil está
seguindo seus princípios, de
sempre acolher quem pede
ajuda", afirmou ela.
Em novembro, o STF (Supremo Tribunal Federal)
aprovou a extradição do italiano, mas passou ao presidente Lula a decisão de entregá-lo ou não. Battisti segue preso em Brasília.
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