|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros
Brasil é o 69º em ranking de percepção de corrupção
Índice da Transparência Internacional considera relatos de analistas e empresários
Foram avaliadas 178 nações e, com nota 3,7, Brasil foi reprovado; no continente americano, país fica em nono lugar
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
O Brasil e outros 130 países
foram reprovados no índice
que mede a percepção de corrupção em 178 nações. Eles
tiveram nota inferior a cinco,
em uma escala de 0 a 10.
O índice foi divulgado ontem pela ONG Transparência
Internacional, que tem sede
na Alemanha. A ONG considera que os problemas de
corrupção são muito sérios
nos países reprovados.
Para confeccionar o ranking, são ouvidos empresários locais e estrangeiros e
analistas. São questionados
se pagaram ou se foi exigido
deles que pagassem propina
a agentes públicos e também
como estão os programas de
combate à corrupção.
O Brasil ocupa a 69ª posição, com nota 3,7, junto com
Cuba, Montenegro e Romênia. É a mesma nota do ano
passado, mas o país subiu
seis posições no ranking porque outras nações caíram.
Está atrás de todos os países escandinavos e da maioria dos europeus, mas também de alguns africanos, como Botswana (33º), África do
Sul (54º), Namíbia (56º), Tunísia (59º) e Gana (62º).
No continente americano,
aparece em nono lugar, atrás
de Chile, EUA, Uruguai e Costa Rica, entre outros.
Para Alejandro Salas, diretor para as Américas da ONG,
o Brasil parece não conseguir
avançar no índice porque,
apesar de se modernizar nas
questões econômicas, mantém práticas políticas antigas, como compra de votos.
O ranking é liderado por
Dinamarca, Nova Zelândia e
Cingapura, que tiveram nota
9,3. No outro extremo estão
países afetados por guerras e
disputas internas: Somália
(1,1), Mianmar e Afeganistão
(1,4). A Venezuela ocupa o
último lugar entre os latino-americanos, com nota 2.
Para a presidente da
Transparência Internacional, Huguette Labelle, o índice mostra que o problema de
corrupção é global e deve ser
combatido de forma global.
"O mundo luta contra a
crise financeira, contra o
aquecimento global. Precisa
também lutar contra a corrupção. Ela gera pobreza,
violência", afirmou.
Procurada, a Presidência
não quis se manifestar sobre
a posição do país no ranking.
Texto Anterior: Painel Próximo Texto: País tem política atrasada, diz pesquisador Índice | Comunicar Erros
|