São Paulo, segunda-feira, 28 de junho de 2010

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Cabral se lança no Rio com mega-aliança

Governador evoca Lula e Dilma e lista investimentos federais no Estado em discurso

ITALO NOGUEIRA
DO RIO

Com uma aliança de 16 partidos, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho (PMDB), lançou ontem sua candidatura à reeleição evocando o alinhamento de sua administração com o governo federal e a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff.
Cabral abriu seu discurso listando investimentos do governo federal no Rio, como o Complexo Petroquímico, Angra 3, que obteve recentemente licença de construção, o Arco Rodoviário, com obra em atraso, e obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em favelas.
"Quando assumi o Estado, o Rio era o 20º da federação [em repasses de recursos federais]. Lula e eu assumimos um compromisso em praça pública: tirar o Rio dessa situação. O Estado ia receber os recursos que ele merecia.
E nós conseguimos", disse.
A convenção do PMDB não teve a presença de Dilma. O presidente da sigla, Michel Temer, candidato a vice de Dilma, foi. O representante do governo federal foi o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais).
"Trago uma mensagem da Dilma para dizer a você que nós, quando formos eleitos, vamos continuar a parceria que o grande governo Lula fez com o Rio", disse Temer.
Cabral busca a reeleição com uma mega-aliança de 16 partidos (PMDB, PP, PT, PSB, PSC, PDT, PC do B, PSDC, PTB, PRP, PHS, PTN, PMN, PTC, PRTB e PSL).
A aliança teve problemas ao longo da pré-campanha.
O pré-candidato petista ao Senado, Lindberg Faria, tentou candidatar-se ao governo estadual. Cedeu após perder no Diretório Regional.
Há duas semanas, PT e PMDB ainda brigavam pela divisão do tempo de TV na disputa ao Senado. Decidiu-se que o candidato Jorge Picciani (PMDB) terá o mesmo tempo de Lindberg.
Cabral vai enfrentar oponentes que também tiveram dificuldades com alianças.
Anthony Garotinho (PR), que aguarda decisão da Justiça Eleitoral para se candidatar, ainda não fechou acordo com o senador Marcelo Crivella (PRB), que tenta reeleição.
Por ora, Garotinho tem apenas apoio do PT do B, que lançou o ex-pagodeiro Waguinho ao Senado. Caso Crivella não integre a coligação, pastor Manoel Ferreira (PR) será o segundo candidato. Ontem, nem Crivella soube afirmar se irá se candidatar para uma vaga ao Senado ou à Câmara de Deputados.
O deputado Fernando Gabeira (PV) tenta a sucessão de Cabral com o apoio de PSDB, DEM e PPS. Os candidatos da coligação ao Senado são Cesar Maia (DEM) e Marcelo Cerqueira (PPS).


Colaborou BRUNA FANTTI, do Rio


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