São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Proibição é "estelionato eleitoral", diz Serra

DE SÃO PAULO
DO ENVIADO A OURO PRETO

O presidenciável José Serra (PSDB) criticou decisão judicial que proibiu veículos de comunicação de publicar informações que relacionem o governador do Tocantins, Carlos Gaguim (PMDB), candidato à reeleição, com um suposto esquema de fraudes a licitações investigado pelo Ministério Público.
Serra chamou a decisão de "estelionato eleitoral" e de "aberração", e vinculou a história com o PT. A decisão foi suspensa ontem.
"É uma aberração completa que, na semana das eleições, um escândalo daquele tamanho, roubalheira de dinheiro público, eles consigam que seja proibida a divulgação na imprensa. Isso é estelionato eleitoral e de esquema político do PT."
Durante evento de campanha em São Paulo, Serra disse ainda que é preciso fazer um esforço para derrubar a decisão "equivocada de um juiz equivocado".
Já a candidata a presidente pelo PT, Dilma Rousseff, fez ontem elogios à liberdade de imprensa durante visita a Ouro Preto (MG).
A petista disse que não há problemas em noticiar o suposto envolvimento do Gaguim, que é aliado do PT, ao esquema de fraude.
"A gente tem de conviver com isso. Não vejo nenhum motivo para não noticiar. Agora, a Justiça decidiu, está decidido", afirmou.
A candidata disse ainda que o governo federal está "muito tranquilo" em relação às denúncias. "Foi o governo Lula, através da Polícia Federal, que apurou todas as irregularidades."

CRÍTICAS
Dilma também disse ontem que entendeu como "fala de uma cidadã" as críticas da vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, ao comportamento do presidente Lula na campanha.
Em entrevista à Folha anteontem, Cureau disse achar que Lula quer eleger a sucessora "a qualquer custo".
"Eu entendo essa crítica da [sub] procuradora Sandra Cureau não como uma crítica do cargo, mas como a fala de uma cidadã. Como cidadã, ela tem direito de falar o que pensa", disse.
Dilma ponderou que as afirmações de Cureau não podem ser vistas como um "pronunciamento do cargo".
"Caso contrário, ela estaria incorrendo em um posicionamento estranho, não muito correto."
A menos de uma semana da eleição, a petista disse que sempre manteve um "alto nível" e que o povo saberá separar "o joio do trigo".
"Não me deixei, em momento nenhum, ser conduzida para qualquer processo de baixaria, de discussão desqualificada, nem assaquei contra pessoas nem contra nenhum dos candidatos falsidades e mentiras. Lamento que em algumas vezes isso tenha acontecido", afirmou.


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