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Proibição é "estelionato eleitoral", diz Serra
DE SÃO PAULO
DO ENVIADO A OURO PRETO
O presidenciável José Serra (PSDB) criticou decisão judicial que proibiu veículos de
comunicação de publicar informações que relacionem o
governador do Tocantins,
Carlos Gaguim (PMDB), candidato à reeleição, com um
suposto esquema de fraudes
a licitações investigado pelo
Ministério Público.
Serra chamou a decisão de
"estelionato eleitoral" e de
"aberração", e vinculou a
história com o PT. A decisão
foi suspensa ontem.
"É uma aberração completa que, na semana das eleições, um escândalo daquele
tamanho, roubalheira de dinheiro público, eles consigam que seja proibida a divulgação na imprensa. Isso é
estelionato eleitoral e de esquema político do PT."
Durante evento de campanha em São Paulo, Serra disse ainda que é preciso fazer
um esforço para derrubar a
decisão "equivocada de um
juiz equivocado".
Já a candidata a presidente
pelo PT, Dilma Rousseff, fez
ontem elogios à liberdade de
imprensa durante visita a
Ouro Preto (MG).
A petista disse que não há
problemas em noticiar o suposto envolvimento do Gaguim, que é aliado do PT, ao
esquema de fraude.
"A gente tem de conviver
com isso. Não vejo nenhum
motivo para não noticiar.
Agora, a Justiça decidiu, está
decidido", afirmou.
A candidata disse ainda
que o governo federal está
"muito tranquilo" em relação às denúncias. "Foi o governo Lula, através da Polícia
Federal, que apurou todas as
irregularidades."
CRÍTICAS
Dilma também disse ontem que entendeu como "fala de uma cidadã" as críticas
da vice-procuradora-geral
eleitoral, Sandra Cureau, ao
comportamento do presidente Lula na campanha.
Em entrevista à Folha anteontem, Cureau disse achar
que Lula quer eleger a sucessora "a qualquer custo".
"Eu entendo essa crítica
da [sub] procuradora Sandra
Cureau não como uma crítica
do cargo, mas como a fala de
uma cidadã. Como cidadã,
ela tem direito de falar o que
pensa", disse.
Dilma ponderou que as
afirmações de Cureau não
podem ser vistas como um
"pronunciamento do cargo".
"Caso contrário, ela estaria incorrendo em um posicionamento estranho, não
muito correto."
A menos de uma semana
da eleição, a petista disse que
sempre manteve um "alto nível" e que o povo saberá separar "o joio do trigo".
"Não me deixei, em momento nenhum, ser conduzida para qualquer processo de
baixaria, de discussão desqualificada, nem assaquei
contra pessoas nem contra
nenhum dos candidatos falsidades e mentiras. Lamento
que em algumas vezes isso
tenha acontecido", afirmou.
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