São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2010

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Campos falta a debate e é alvo de críticas de rivais

Líder nas pesquisas, governador de PE descumpriu acordo e alterou agenda

Pautaram também o debate Folha/RedeTV!, realizado no domingo, assuntos como drogas, violência e educação

FÁBIO GUIBU
DE RECIFE

O candidato do PMDB ao governo de Pernambuco, senador Jarbas Vasconcelos, disse que a "soberba" determinou a ausência do governador do Estado e candidato à reeleição, Eduardo Campos (PSB), no debate promovido pela Folha e pela Rede TV! na noite de domingo.
"Para mim, a ausência foi ruim, eu esperava debater com ele", afirmou Jarbas, após o debate entre os postulantes ao governo do Estado, em Recife. "Mas ele é da escola presidencial do senhor Lula, e a soberba toma conta."
O governador, que lidera as pesquisas de intenção de voto, não compareceu ao debate, descumprindo acordo assinado de participação no evento. Ele alterou sua agenda do dia e incluiu entre seus compromissos uma carreata e um comício em Petrolina (a 780 km de Recife).
A bancada que Campos ocuparia no palco ficou vazia durante o debate, mas seu nome foi mantido no sorteio de perguntas e respostas e a sua ausência foi citada todas as vezes em que foi sorteado.

ATAQUES E PROPAGANDA
O governador foi alvo de ataques dos três candidatos que compareceram ao evento: Edilson Silva (PSOL), Sérgio Xavier (PV) e Jarbas. Silva disse que Campos não participou para não explicar os problemas na saúde e segurança pública do Estado.
Jarbas aproveitou o evento para fazer campanha para o candidato à Presidência José Serra (PSDB).
Ao ser questionado sobre a violência no Estado, o candidato defendeu a proposta do tucano, de criação de um ministério da segurança pública para unificar as ações do setor no país.
Respondendo à mesma questão, Silva defendeu uma ação articulada entre os governos federal, estadual e municipal e a melhoria na educação. Xavier disse que, para combater a violência, é preciso investir na família, na escola e no trabalho.

MACONHA E EDUCAÇÃO
Silva defendeu ainda a descriminalização da maconha, afirmando que o problema seria "de saúde pública". "Mas isso não significa que vamos incentivar. Todos os tipos de drogas não devem ser incentivados", declarou.
Questionado sobre o sucateamento da educação nos oito anos em que governou o Estado, Jarbas afirmou que ficou impossibilitado de priorizar o setor por ter assumido um Estado "quebrado" e precisou "cuidar da casa e sanear as finanças". "Agora será possível priorizar."
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 21 e 22 de setembro mostra que Eduardo Campos tem 72% das intenções de voto para o governo de Pernambuco. Jarbas aparece em segundo, com 15%. Silva foi citado por 1% dos entrevistados, enquanto Xavier não atingiu 1% da preferência do eleitorado.


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