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Campos falta a debate e é alvo de críticas de rivais
Líder nas pesquisas, governador de PE descumpriu acordo e alterou agenda
Pautaram também o debate Folha/RedeTV!, realizado no domingo, assuntos como drogas, violência e educação
FÁBIO GUIBU
DE RECIFE
O candidato do PMDB ao
governo de Pernambuco, senador Jarbas Vasconcelos,
disse que a "soberba" determinou a ausência do governador do Estado e candidato
à reeleição, Eduardo Campos
(PSB), no debate promovido
pela Folha e pela Rede TV!
na noite de domingo.
"Para mim, a ausência foi
ruim, eu esperava debater
com ele", afirmou Jarbas,
após o debate entre os postulantes ao governo do Estado,
em Recife. "Mas ele é da escola presidencial do senhor Lula, e a soberba toma conta."
O governador, que lidera
as pesquisas de intenção de
voto, não compareceu ao debate, descumprindo acordo
assinado de participação no
evento. Ele alterou sua agenda do dia e incluiu entre seus
compromissos uma carreata
e um comício em Petrolina (a
780 km de Recife).
A bancada que Campos
ocuparia no palco ficou vazia
durante o debate, mas seu
nome foi mantido no sorteio
de perguntas e respostas e a
sua ausência foi citada todas
as vezes em que foi sorteado.
ATAQUES E PROPAGANDA
O governador foi alvo de
ataques dos três candidatos
que compareceram ao evento: Edilson Silva (PSOL), Sérgio Xavier (PV) e Jarbas. Silva
disse que Campos não participou para não explicar os
problemas na saúde e segurança pública do Estado.
Jarbas aproveitou o evento
para fazer campanha para o
candidato à Presidência José
Serra (PSDB).
Ao ser questionado sobre a
violência no Estado, o candidato defendeu a proposta do
tucano, de criação de um ministério da segurança pública para unificar as ações do
setor no país.
Respondendo à mesma
questão, Silva defendeu uma
ação articulada entre os governos federal, estadual e
municipal e a melhoria na
educação. Xavier disse que,
para combater a violência, é
preciso investir na família,
na escola e no trabalho.
MACONHA E EDUCAÇÃO
Silva defendeu ainda a
descriminalização da maconha, afirmando que o problema seria "de saúde pública".
"Mas isso não significa que
vamos incentivar. Todos os
tipos de drogas não devem
ser incentivados", declarou.
Questionado sobre o sucateamento da educação nos
oito anos em que governou o
Estado, Jarbas afirmou que
ficou impossibilitado de priorizar o setor por ter assumido
um Estado "quebrado" e precisou "cuidar da casa e sanear as finanças". "Agora será possível priorizar."
Pesquisa Datafolha realizada entre os dias 21 e 22 de
setembro mostra que Eduardo Campos tem 72% das intenções de voto para o governo de Pernambuco. Jarbas
aparece em segundo, com
15%. Silva foi citado por 1%
dos entrevistados, enquanto
Xavier não atingiu 1% da preferência do eleitorado.
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