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Sessão tensa tem troca de acusações entre ministros
DE BRASÍLIA
A sessão do STF foi uma
das mais tensas do ano com
ministros se atacando a todo
momento. Um dos mais exaltados era Gilmar Mendes,
contrário à aplicação da Lei
da Ficha Limpa em 2010.
Gritando e gesticulando,
Mendes chegou a chamar a
lei de "barbárie da barbárie"
e dizer que a legislação criou
regras "que gravitam em torno do nazifascismo". Afirmou também que a lei foi editada para atingir o então candidato ao governo do Distrito
Federal Joaquim Roriz (PSC).
"Essa lei tem nome, sobrenome e filiação no PT", ao dizer que o trecho da lei que
trata de renúncia foi proposto pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT), coordenador da campanha de Dilma
Rousseff, na Câmara.
Ao final, Ayres Britto pediu a palavra: "Quero dizer
que discordo em gênero número e grau de praticamente
todo o raciocínio jurídico do
ministro Gilmar Mendes".
Os ministros mostravam-se impacientes. Em determinado momento, Mendes criticou o TSE, dizendo que
suas decisões faziam "casuísmo jurisprudencial".
O presidente daquele tribunal, Ricardo Lewandowski disse "repelir com veemência a afirmação".
Em outro momento, quando os ministros discutiam a
possibilidade de adiar novamente a sessão, Ellen Gracie
pediu ao colega Marco Aurélio para adiantar seu ponto
de vista. O colega, então, provocou: "Vossa Excelência está presidindo a sessão?"
Quando a discussão já se
encerrava, Mendes voltou à
forma como os ministros desempatavam a questão. Lewandowski, então, tentou fazer um aparte, negado por
Mendes: "Deixa eu concluir,
depois Vossa Excelência pode falar a noite inteira".
O colega reclamou: "Presidente, o ministro critica o
TSE. E eu fico aqui calado?"
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