São Paulo, sexta-feira, 28 de outubro de 2011 |
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FOCO Apesar de lado pitoresco, comunista é conhecido por posição forte na Câmara Ex-ministro e ex-presidente da Casa saiu do ostracismo com relatoria do Código Florestal ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA ANDREZA MATAIS DE BRASÍLIA O deputado Aldo Rebelo, 55, apresentou um projeto para tornar o 31 de outubro em "Dia do Saci", uma contraposição ao Halloween, o dia das Bruxas tradicionalmente comemorado nos EUA. Não teve sucesso e vai assumir o Ministério do Esporte na segunda-feira, justamente no dia da festa nada brasileira. Ele também apresentou um projeto para acabar com os "estrangeirismos" em todas as esferas, de documentos públicos a lojas. Alagoano com carreira política em São Paulo, Aldo, apesar do lado quase pitoresco, é considerado um parlamentar firme nas suas posições. Algumas delas bastante polêmicas, como na discussão do Código Florestal. Se começou a carreira política como presidente da UNE, em 1980, ele contrariou frontalmente a esquerda com um parecer alegando defender mais os pequenos produtores rurais do que as utopias dos ambientalistas. Trocou as ligações com a ex-ministra Marina Silva pela aproximação com a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), ruralista. Mas Aldo não é de guardar rancores, pelo menos, no caso de Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol. De presidente da CPI CBF-Nike contra Teixeira, Aldo virou hoje um de seus amigos. Na revelação do mensalão, era ministro da atual Relações Institucionais. Foi um dos mais incisivos defensores do governo, atribuindo tudo a "uma jogada da oposição" para tentar o impeachment. Até por isso Lula garantiu a vitória de Aldo na disputa para a presidência da Câmara depois da queda do "acidente" Severino Cavalcanti (PP-PE), em 2005. Para amigos de Aldo, Lula e o PT foram ingratos. Uniram-se ao PMDB para impedir que ele fosse reeleito. Criou-se o revezamento entre os dois partidos na presidência da Câmara, o que mereceu uma ironia do comunista: "Isso aqui não é churrascaria para ter rodízio!" Desde então, Aldo parecia fadado ao ostracismo. Tentou a presidência da Câmara outras duas vezes. Disputou uma vaga no TCU e perdeu para uma deputada novata, Ana Arraes (PSB-PE). Seu vínculo com Esporte se resume a torcer pelo Palmeiras. No PC do B, ele não integra o grupo de Orlando Silva. Filho de vaqueiro e professora primária, é casado com a jornalista Rita Polli, pai de Pedro. Seu patrimônio declarado é de R$ 376 mil. Texto Anterior: Governo estuda ficha limpa para servidor Próximo Texto: Ex-adversários, Aldo e Teixeira hoje se falam Índice | Comunicar Erros |
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