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Tucano usará temas polêmicos para confrontar Dilma
CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A ITUIUTABA (MG)
O candidato do PSDB à
Presidência, José Serra, definiu, em conversa com aliados, como estratégia de campanha a abordagem de temas desconfortáveis ao PT. A
ideia é tocar em pontos polêmicos para chamar a adversária petista, Dilma Rousseff,
para o confronto.
O tucano elegerá quatro temas. Entre os cotados estão a
relação do PT com o MST e
movimentos sindicais, a necessidade de combate às drogas, e o que Serra chama de
loteamento da máquina.
Além deles, a política externa -em aliança com líderes controversos- também
deve ser explorada.
Em conversa com Aécio
Neves, candidato tucano ao
Senado, Serra minimizou o
impacto de recentes declarações em que disse que, com
Dilma, haverá mais invasão
no campo. Segundo Serra,
essa seria uma maneira de
desafiar Dilma para o debate.
Após a conversa, Aécio
também endossou a estratégia tucana. Disse que há divergências profundas entre
PSDB e governo, que, segundo ele, "estatiza movimentos" sociais e sindicais.
ATAQUES
Em viagem a Minas ao lado de Aécio, Serra evitou responder a declarações de Dilma de que estaria baixando o
nível da eleição. Porém, em
discurso, voltou a desafiá-la.
"Estou fazendo um esforço
nesta campanha para ter debate. Debate, em vez de ficar
com aquele ti-ti-ti. Fulano falou, sicrano disse", afirmou.
Nos discursos, ele voltou a
insistir na necessidade de
"enfrentamento decidido"
no combate às drogas. Segundo ele, o "o governo precisa se envolver mais".
O tucano também criticou
o loteamento político. "Está
tudo loteado. Tudo loteado.
O DNIT é um caso típico. Em
vez de atuar em função do interesse público, atua em função desse ou daquele partido, desse ou daquele setor."
MINAS
Serra esteve ontem em Patos de Minas (401 km de Belo
Horizonte). Além de Aécio, o
governador Antonio Anastasia (PSDB) o acompanhou.
Serra fez elogios aos correligionários e ao ex-presidente Itamar Franco (PPS).
"Apoio Itamar Franco para
senador, o homem que honrou Minas na Presidência."
Ainda em Minas, o tucano
disse ser contrário à legalização das drogas e defendeu a
criação de uma polícia especial para as fronteiras.
Colaboraram PAULO PEIXOTO, enviado
especial a Patos de Minas e RODRIGO
VIZEU, de Belo Horizonte
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