São Paulo, quinta-feira, 29 de julho de 2010

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Tucano usará temas polêmicos para confrontar Dilma

CATIA SEABRA
ENVIADA ESPECIAL A ITUIUTABA (MG)

O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, definiu, em conversa com aliados, como estratégia de campanha a abordagem de temas desconfortáveis ao PT. A ideia é tocar em pontos polêmicos para chamar a adversária petista, Dilma Rousseff, para o confronto. O tucano elegerá quatro temas. Entre os cotados estão a relação do PT com o MST e movimentos sindicais, a necessidade de combate às drogas, e o que Serra chama de loteamento da máquina.
Além deles, a política externa -em aliança com líderes controversos- também deve ser explorada. Em conversa com Aécio Neves, candidato tucano ao Senado, Serra minimizou o impacto de recentes declarações em que disse que, com Dilma, haverá mais invasão no campo. Segundo Serra, essa seria uma maneira de desafiar Dilma para o debate.
Após a conversa, Aécio também endossou a estratégia tucana. Disse que há divergências profundas entre PSDB e governo, que, segundo ele, "estatiza movimentos" sociais e sindicais.

ATAQUES
Em viagem a Minas ao lado de Aécio, Serra evitou responder a declarações de Dilma de que estaria baixando o nível da eleição. Porém, em discurso, voltou a desafiá-la. "Estou fazendo um esforço nesta campanha para ter debate. Debate, em vez de ficar com aquele ti-ti-ti. Fulano falou, sicrano disse", afirmou.
Nos discursos, ele voltou a insistir na necessidade de "enfrentamento decidido" no combate às drogas. Segundo ele, o "o governo precisa se envolver mais". O tucano também criticou o loteamento político. "Está tudo loteado. Tudo loteado.
O DNIT é um caso típico. Em vez de atuar em função do interesse público, atua em função desse ou daquele partido, desse ou daquele setor."

MINAS
Serra esteve ontem em Patos de Minas (401 km de Belo Horizonte). Além de Aécio, o governador Antonio Anastasia (PSDB) o acompanhou. Serra fez elogios aos correligionários e ao ex-presidente Itamar Franco (PPS). "Apoio Itamar Franco para senador, o homem que honrou Minas na Presidência."
Ainda em Minas, o tucano disse ser contrário à legalização das drogas e defendeu a criação de uma polícia especial para as fronteiras.

Colaboraram PAULO PEIXOTO, enviado especial a Patos de Minas e RODRIGO VIZEU, de Belo Horizonte



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