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Avariada, sigla
perde influência
e decresce após
escândalo no DF
BRENO COSTA
DE SÃO PAULO
Além das turbulências na
relação com o PSDB, o DEM
também terá de lidar, nas
eleições deste ano, com
avarias em suas próprias
engrenagens. O partido deverá ter candidato próprio
em apenas quatro Estados.
Em outros sete não deve
concorrer nem mesmo para
o Senado.
O escândalo do mensalão
no Distrito Federal, que culminou na prisão e renúncia
de José Roberto Arruda,
único governador do partido eleito em 2006, levou o
Democratas a perder influência na definição das
coligações. O partido defende-se dizendo que expurgou Arruda de seus quadros
com rapidez.
Numa tentativa de repaginação, mudou-se até o
nome do partido, que até
2007 chamava-se PFL e era
posicionado no espectro
político como um partido de
direita.
Na presidência da legenda, Jorge Bornhausen, 72,
passou o cetro para Rodrigo
Maia, que completa 40 anos
na mesma data em que José
Serra será oficializado candidato a presidente da República, no próximo dia 12.
"Nós somos um partido
de centro moderno. O PSDB
é uma esquerda moderna, e
o PT é populismo", classifica o deputado José Carlos
Aleluia (BA), designado como o homem do DEM na
elaboração do programa de
governo do candidato tucano.
Até o momento, o partido
não entregou ao DEM uma
proposta fechada de plataformas para um eventual
governo Serra. O PPS, também fechado na coligação,
já fez o gesto. Propôs até a
adoção do parlamentarismo no país.
A ideia que mais chamou
a atenção do PSDB até agora foi a de criar políticas públicas prioritárias para
crianças entre 0 e 3 anos.
Mas não há nada muito elaborado nesse sentido ainda.
E a última palavra será de
Serra.
Esse estilo centralizador
e reservado do tucano também contribui para a afonia
do DEM nas definições do
rumo da campanha. Hoje,
basicamente, apenas dois
democratas podem ser chamados de "interlocutores"
de Serra: o prefeito de São
Paulo, Gilberto Kassab, e o
próprio Jorge Bornhausen.
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