São Paulo, domingo, 31 de outubro de 2010

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Marina vota longe de ex-rivais e aliados

DE SÃO PAULO

Terceira colocada na eleição presidencial, com 19,6 milhões de votos, a senadora Marina Silva (PV-AC) vota hoje em Rio Branco, longe dos ex-rivais e dos aliados que apoiaram sua candidatura ao Palácio do Planalto.
Ela espera o fim da disputa eleitoral para iniciar articulações rumo à participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-16), que ocorrerá em Cancún, no México, de 29 de novembro a 10 dezembro.
Embora seja um encontro entre governos, Marina pretende liderar uma espécie de comitiva paralela e explorar seu prestígio na comunidade ambientalista internacional.
Ela quer repetir a tática empregada na COP-15, realizada em Copenhague (Dinamarca) no ano passado, quando usou a conferência para se contrapor à então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), que liderava a delegação brasileira.
Foi uma espécie de lançamento informal da candidatura verde à Presidência.

NOVA FASE
Após o fim de seu mandato parlamentar, em janeiro, Marina -que se licenciou do Senado para ser ministra do Meio Ambiente de 2003 a 2008- iniciará nova fase, como presidente do IDS (Instituto Democracia e Sustentabilidade), que busca uma sede própria em São Paulo.
Como a Folha antecipou no dia 3, ela quer usar a entidade como plataforma para se manter em evidência e pavimentar o caminho para nova candidatura à Presidência da República em 2014.
A senadora dedicará os próximos meses a estruturar a ONG, criada com recursos de seu ex-vice, Guilherme Leal, controlador da Natura.
O IDS funcionará como o Instituto Cidadania, que deu cargo e salário ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre as derrotas eleitorais.
(BERNARDO MELLO FRANCO)


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