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Marronzinho 'some' em trânsito caótico

Folha percorre vários trechos de Ribeirão em horário de pico e, em nenhum deles, encontra agentes de trânsito

Na alameda Botafogo, para um automóvel percorrer 700 metros são necessários, no mínimo, seis minutos

GABRIELA YAMADA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO
SILVA JUNIOR
DE RIBEIRÃO PRETO
Edson Silva/Folhapress
Trânsito congestionado logo no início da manhã na rua Elpídio Gomes, que passa ao lado do parque Maurilio Biagi
Trânsito congestionado logo no início da manhã na rua Elpídio Gomes, que passa ao lado do parque Maurilio Biagi

A ausência de agentes de trânsito em locais com maior fluxo de veículos está transformando ruas e avenidas em caos em Ribeirão Preto.

A Folha percorreu trechos em horários de pico em dias diferentes da semana passada e constatou que não havia marronzinho, como os agentes são conhecidos, em nenhum deles para auxiliar os motoristas. Um dos exemplos é a rotatória Amin Calil, cuja falta de mobilidade se agravou depois do início das obras antienchente.

Além da falta de agentes de trânsito, há também a ausência de sinalização e de manutenção da via: em dias de chuva, o complicado trânsito atinge seu ápice por conta de alagamentos.

Na alameda Botafogo, localizada na Vila Tibério, a reportagem constatou que para um veículo percorrer 700 metros -distância entre o portão do parque Maurilio Biagi até a avenida Jerônimo Gonçalves-, o motorista leva, no mínimo, seis minutos.

Em vias com condições normais, em cinco minutos um carro percorreria uma distância de 1,6 km, segundo Adhemar Gomes Padrão, especialista em trânsito e presidente da ABSV (Associação Brasileira para Segurança Veicular).

"O local há muito tempo já demonstrava que seria um dos grandes pontos de estrangulamento do trânsito naquela região e medidas viárias já se faziam urgentes há, pelo menos, cinco anos", afirmou o especialista.

De acordo com a presidente da Amovita (Associação dos Moradores da Vila Tibério), Dorotéia do Carmo Castijo, durante a manhã formam-se filas de veículos de até um quilômetro de extensão.

"O problema é que a saída do bairro para o centro se dá somente pela alameda e a avenida do Café", disse.

Trevos que ligam bairros à região central da cidade apresentam problemas diários de congestionamento. Na zona leste, por exemplo, 16 bairros só têm uma passagem para chegar ao centro.

JERÔNIMO GONÇALVES

O congestionamento na avenida Jerônimo Gonçalves, perto do terminal rodoviário, se agravou depois da interdição da ponte da rua Florêncio de Abreu, na semana passada, por conta das obras antienchente na região.

O fluxo de veículos aumentou, principalmente, entre o trecho que compreende as

ruas Martinico Prado e São Sebastião. O problema tende a permanecer por pelo menos 60 dias, segundo anunciado pela prefeitura.

No local, a Folha não encontrou nenhum marronzinho para orientar motoristas. A prefeitura foi procurada, mas não comentou o assunto.

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