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Fluxo nas estradas cresce 4,5% neste ano

Aumento em relação a 2010 representa 2,4 milhões de veículos a mais e foi detectado em 1.151 km de rodovias da região

Para especialistas, essa alta torna as estradas mais perigosas; dados são referentes aos dez primeiros meses do ano

Edson Silva/Folhapress
Veículos passam por um pedágio da rodovia Anhanguera, que teve fluxo de 19,1 milhões
Veículos passam por um pedágio da rodovia Anhanguera, que teve fluxo de 19,1 milhões

DE RIBEIRÃO PRETO

As rodovias concedidas à iniciativa privada na região de Ribeirão Preto receberam 2,42 milhões de veículos a mais nos dez primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período de 2010.

É o que mostram dados obtidos pela Folha relativos às quatro concessionárias que administram 1.151,1 quilômetros de estradas da região.

Com o crescimento, as rodovias -entre elas trechos de Anhanguera e Washington Luís- receberam 55,31 milhões de veículos, ante os 52,89 milhões recebidos entre janeiro e outubro de 2010, alta de 4,58% no fluxo.

A Anhanguera é responsável por mais de 50% do fluxo da Autovias, concessionária que administra 316 quilômetros de estradas e, sozinha, viu 19,1 milhões de veículos passarem por seus pedágios.

Apesar do crescimento, projeções feitas pelas empresas, algumas com capital estrangeiro, apontam desaceleração desse quadro.

A projeção mais otimista é de que o fluxo de veículos crescerá 3,85% em 2012 -há quem fale em 2,95%.

A Autovias e a Vianorte, as duas com maior fluxo, dizem que o aumento do tráfego reflete o crescimento da frota em todo país, que teve elevação de 6,4% no ano.

Segundo as duas concessionárias, as projeções menores são baseadas na tendências de evolução da frota e desempenho da economia.

Para o consultor da área de transportes José Felex, o maior número de veículos nas rodovias tem impacto diferente do causado nas cidades, onde o congestionamento se torna um problema.

Nas estradas, o fluxo é contínuo e, exatamente por isso, a relação entre os veículos é mais perigosa. "Isso provoca uma tensão maior entre os condutores", disse Felex.

Coca Ferraz, professor da área de transportes da USP, afirmou que as dificuldades são sentidas principalmente em subidas. "É comum um caminhão ultrapassar outro e segurar o fluxo." (MARCELO TOLEDO E ARARIPE CASTILHO)

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