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16 Estados ficam sem vacina antirrábica

Ministério da Saúde afirma ainda que, para 2012, não há previsão para a distribuição de vacinas para cães e gatos

Pela 1ª vez desde 1975 SP fica sem campanha oficial, restrita a Pará, Mato Grosso do Sul e Estados do Nordeste

Márcia Ribeiro/Folhapress
A veterinária Mirian Carla Vernilho vacina cão da raça lhasa apso de 1 ano e 2 meses
A veterinária Mirian Carla Vernilho vacina cão da raça lhasa apso de 1 ano e 2 meses

LEANDRO MARTINS
DE RIBEIRÃO PRETO

Sem a distribuição de vacinas pelo Ministério da Saúde, 16 Estados, incluindo São Paulo, chegarão ao final deste ano sem a realização de campanhas contra a raiva em cães e gatos. Pior: não há sequer um calendário oficial de vacinação para 2012.

O ministério diz que o cronograma de aplicação foi comprometido em razão de um processo mais detalhado de produção e análise das vacinas, para que não se repetisse o que ocorreu em 2010 -a campanha foi suspensa depois de mortes de bichos.

No caso de São Paulo, é a primeira vez desde 1975 que não é realizada oficialmente uma campanha antirrábica.

Segundo o Ministério da Saúde, neste ano apenas os Estados do Nordeste e o Pará receberam vacinas para campanhas. As doses também foram enviadas ao Mato Grosso do Sul, mas só para a fronteira com a Bolívia.

O envio das vacinas seguiu critérios de prioridade, para regiões onde houve casos mais recentes da doença.

A raiva matou duas pessoas neste ano no Brasil, ambas no Maranhão. Já casos de raiva em cães e gatos foram registrados em dez Estados.

A maioria é do Nordeste, mas São Paulo entrou na lista, pois um gato que morreu na capital neste mês teve raiva transmitida por morcego.

SEM PRAZO

O diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, disse que, em relação ao Sudeste e a outras regiões que ainda não receberam as doses, é "precoce" falar em datas para 2012. "Vai depender da entrega das vacinas."

Foram compradas 32 milhões de doses de um laboratório nacional, o suficiente para atender a todo o país, mas um lote de oito milhões foi devolvido porque não passou em análises laboratoriais.

Mais dez milhões de doses foram importadas, mas também houve atraso no processo de análise dessas vacinas, afirmou Maierovitch.

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