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Palanque de Dárcy ganha tom eleitoral em entrega de obra

Em discurso ontem, prefeita frisou feitos de suas gestão e lembrou estratégia do colega de partido Gilberto Kassab

Questionada, Dárcy evita falar sobre a disputa no ano que vem, quando deve disputar reeleição

ARARIPE CASTILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O palanque da prefeita Dárcy Vera (PSD), ontem, na entrega de parte das obras antienchente no ribeirão Preto, teve tom eleitoral e até gente dizendo que ela vai ser reeleita no ano que vem.

Embora repetir o que fez durante o governo já tenha se tornado um hábito da prefeita, dessa vez foi possível identificar até qual pode ser o slogan de Dárcy em 2012.

Se mantiver o mote do discurso que fez para entregar o que chamou de "a maior obra da história de Ribeirão Preto", Dárcy vai para a disputa com a campanha do "agora tem" -a administração de Gilberto Kassab (PSD), em SP, usa estratégia semelhante.

"Ribeirão Preto nunca teve ciclovia. Agora tem. A cidade nunca teve um hospital municipal [o Santa Lydia]. Agora tem. Duplicação da Henri Nestlé? Agora tem. Passe [de ônibus] livre para estudante Ribeirão nunca teve. Agora tem", disse ontem.

Questionada se já está fazendo planos para um eventual segundo mandato, a prefeita se esquivou. "O planejamento eu faço, mas só Deus sabe quem é que vai tocar [as próximas obras]."

E apesar de ela ainda não admitir explicitamente que será candidata à reeleição, um de seus convidados ao palco, o morador da Vila Virgínia José Camilo da Silva, 42, não teve receio.

"Agradeço [pelas obras antienchente] a Deus e à prefeita Dárcy, que vai ser reeleita em 2012. Ninguém fez o que ela fez. Vou ser cabo eleitoral dela", afirmou ele do palanque, ao microfone.

Apesar das frases de Dárcy e de Silva, a terceira fase das obras está atrasada. Prometida para este mês, uma parte dela ficou para fevereiro, o que desagradou comerciantes da região, conforme a Folha publicou no dia 14.

A terceira etapa das intervenções terá custo total de R$ 56,7 milhões -R$ 49 milhões da União, R$ 3 milhões da prefeitura e R$ 4,7 milhões da Câmara.

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