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Operação prende 22 membros de facção

Detidos em ação da Polícia Civil de Araraquara são suspeitos de serem autores de uma onda de assaltos a casas

Roubos tinham em comum a violência psicólogica contra as vítimas, que eram amarradas e ameaçadas

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Uma megaoperação que envolveu 200 policiais civis de Araraquara prendeu ontem de manhã 20 homens e duas mulheres suspeitos de pertencer à facção criminosa PCC e de serem responsáveis por uma onda de assaltos a casas na cidade.

A suspeita da polícia é a de que a quadrilha tenha atuado desde o início deste ano e tenha sido responsável por pelo menos dez assaltos a casas de médio e alto padrão, além de ter traficado drogas.

A operação, que cumpriu 45 mandados de busca e apreensão, é uma das maiores já realizadas pela Polícia Civil na cidade, de acordo com o delegado titular da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Jesus Nazaré Romão.

Além do efetivo e do apoio da Guarda Civil Municipal, foram utilizados na operação 40 carros policiais e o helicóptero Pelicano, da Polícia Civil de São Paulo.

Iniciada na madrugada, a ação prendeu supostos integrantes da quadrilha em bairros da zona leste de Araraquara e também da cidade vizinha de Matão.

Foram recolhidos R$ 13 mil em dinheiro, 17 papelotes de crack e munição.

ESCUTA TELEFÔNICA

A apuração começou em março, após a morte de um fazendeiro de Goiânia, que estava em Araraquara.

A polícia passou a investigar três suspeitos do homicídio. Em escutas telefônicas, porém, policiais perceberam que eles faziam parte de uma quadrilha que arquitetava assaltos na cidade.

A partir das conversas, a polícia passou a monitorar os demais integrantes do grupo e percebeu que eles estavam ligados ao PCC e comandavam pontos de tráfico.

Segundo o delegado Romão, além dos 22 presos, a polícia ainda procura cerca de 40 suspeitos de envolvimento com os crimes.

Em comum, os roubos tinham como característica a violência psicológica contra as vítimas, que eram amarradas e ameaçadas de morte.

Os ladrões levavam principalmente joias e dinheiro, mas também equipamentos eletroeletrônicos.

Os 20 homens detidos foram levados para o CDP de Araraquara. Já as mulheres estão presas na cadeia feminina de Santa Ernestina.

Segundo o delegado, eles vão responder pelos crimes de formação de quadrilha, associação ao tráfico, roubo a residências, homicídio e porte ilegal de armas. A pena mínima é de 15 anos de prisão, sem possibilidade de fiança.

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