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Mulher golfista rejeita rótulo de 'elite'

Para elas, golfe é como qualquer outro esporte; gastos com clube particular, no entanto, encarecem a modalidade

Para golfista, estigma de esporte para a elite é alimentado pelos próprios praticantes de golfe e pela mídia

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Embora o salário mínimo para um praticante de golfe seja estimado em R$ 3.000, segundo a Federação Paulista de Golfe, as mulheres rejeitam o rótulo de "esporte para elite" dado à modalidade.

"É claro que é preciso ter um salário de no mínimo R$ 3.000 a R$ 4.000 para conseguir ter acesso, porque os clubes são, em sua maioria, particulares", diz Vivian Golombek, diretora da federação.

Segundo ela, o valor é gasto com a mensalidade de clubes, que custam a partir de R$ 800. Na conta, somam-se os jogos de taco, bolinhas, tênis específico e demais equipamentos necessários.

Apesar disso, para a diretora hoje o esporte está mais acessível do que há 30 anos.

"Não havia tacos, bolas ou sapatos no país e o mercado de usados era grande e caro."

Para Maria Olímpia Maistro, 58, do Ipê Golf Club de Ribeirão Preto, o golfe é um esporte como outro qualquer.

"Um jogo de tacos pode ser tão caro ou tão barato como qualquer outro material esportivo. Tudo depende da sua disposição em gastar mais ou menos", afirmou.

Ela disse concordar, no entanto, que o golfe precisa ser praticado por quem tem tempo disponível.

"Acredito que o estigma de esporte das elites seja alimentado pelos próprios golfistas e pela mídia, que assim o enxerga", afirmou.

De acordo com Vivian, o golfe vai se popularizando aos poucos, pelo menos do Estado de São Paulo.

"Há dez anos, havia somente 15 campos de golfe no Estado. Atualmente, temos 45. É um aumento considerável nesse período", disse.

Por causa do gosto pelo esporte, famílias acabam escolhendo como destinos de viagens locais que tenham campos de golfe, ainda segundo a diretora.

(GABRIELA YAMADA)

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