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Novo 'panelaço' acua vereadores de Ribeirão Pela segunda vez em 15 dias, protesto contra o aumento salarial dos parlamentares faz a Câmara ter sessão relâmpago Grupo quer ainda que parlamentares voltem atrás na decisão de ampliar o número de cadeiras na Casa GABRIELA YAMADADE RIBEIRÃO PRETO A pressão do Movimento Panelaço para que os vereadores de Ribeirão se posicionassem quanto a um requerimento contra o aumento de seus salários fez com que a Câmara tivesse nova sessão relâmpago, ontem. O documento foi protocolado na semana passada. Por conta do protesto, a sessão de ontem foi encerrada uma hora após o início. O grupo exige resposta aos pedidos de revogação das leis que aumentaram os salários dos vereadores em 40% e o número de cadeiras do Legislativo, de 20 para 27. Assim que o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva (PMDB), encerrou a sessão, o público vaiou os vereadores e os chamou de "covardes". Apenas Silvana Resende (PSDB) se manifestou sobre o movimento. Na tribuna, ela afirmou que aprova o "panelaço" e que os manifestantes são importantes para que projetos sejam reprovados. No entanto, ela não se posicionou sobre os pedidos feitos pelos manifestantes. Com cartazes, faixas e apitos, o grupo prometeu voltar à sessão de quinta-feira. "Estamos aqui para fiscalizar e observar o que está acontecendo. Mais uma vez, eles fugiram", afirmou a bióloga Karina Rodrigues. Vereadores da oposição discutem maneiras de reverter as leis já aprovadas. Anteontem, Gilberto Abreu (PV) e Silvana Resende se reuniriam com os manifestantes, mas o encontro não ocorreu. CICLISTAS Além do "panelaço", ciclistas estiveram ontem na Câmara para pedir reforço na segurança das ruas e resposta às investigações da Polícia Civil sobre roubos de bicicletas. Representando a categoria, a ciclista Andreia Aleixo leu uma carta em que afirma que há falta de patrulhamento nas ruas da cidade. "Existe a falta de segurança nos horários noturnos. Os ciclistas correm risco de morte", disse. Em nota, a Polícia Militar informou à Folha que os ciclistas não solicitaram formalmente o patrulhamento, descumprindo acordo feito no ano passado. Após Andreia ler a carta, os vereadores Maurílio Romano (PP) e Samuel Zanferdini (PMDB) usaram o microfone para oferecer apoio aos ciclistas e falaram sobre formar uma comissão para acompanhar o caso. O tratamento foi diferente do que foi dado ao Panelaço na semana passada, quando Jonas Paschoalick, líder do grupo, leu uma carta de repúdio. Na ocasião, nenhum vereador se manifestou. Apenas o presidente, Cícero, se desculpou pelo ato de seu funcionário, que rasgou um documento do movimento no final do mês passado. "Isso que está acontecendo em Ribeirão é uma vergonha. Eles [os vereadores] se manifestam quando é conveniente", afirmou o estudante Danilo Souza Cruz, que faz parte do Panelaço. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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