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Alta será de 17%, mas protestos continuam

Após reunião a portas fechadas, vereadores aprovam reajuste, mas Movimento Panelaço promete mais manifestações

Grupo ainda quer zero de aumento, mas parlamentares fecham acordo para tentar conter pressão popular

Silva Junior/Folhapress
Manifestantes durante protesto realizado ontem na Câmara de Ribeirão contra o aumento salarial dos vereadores
Manifestantes durante protesto realizado ontem na Câmara de Ribeirão contra o aumento salarial dos vereadores

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

A pressão dos movimentos populares contra o aumento de quase 40% no salário dos vereadores de Ribeirão Preto teve resultado parcial. Os parlamentares aprovaram ontem à noite projeto que fixa o reajuste em 17,93%.

O percentual representa um recuo ainda maior da Casa, já que, na semana passada, os vereadores sinalizaram que o reajusta seria de 24%.

Durante pelo menos duas semanas, os vereadores bateram o pé e afirmaram que o aumento seria mantido em quase 40%, pois é legal.

No entanto, após uma série de protestos realizados no Legislativo liderados pelo Movimento Panelaço, os parlamentares recuaram.

Ontem, o acordo que definiu os quase 18% de aumento foi firmado a portas fechadas entre 19 dos parlamentares -Silvana Resende (PSDB) não participou da reunião.

Com a medida, o salário passa dos atuais R$ 9.200 para R$ 10.900 -R$ 2.000 a menos que o valor aprovado pelo Legislativo em março, quando o reajuste foi de 39,8% e gerou os protestos.

A aprovação recebeu 17 votos. Silvana Resende votou contra o aumento e o presidente da Casa, Cícero Gomes da Silva, e o vereador Samuel Zanferdini (ambos do PMDB) não votaram.

Apesar do recuo, o Movimento Panelaço não se deu por satisfeito e continuou a protestar dentro da Câmara na noite de ontem. Os manifestantes prometem continuar pressionando a Câmara. Eles querem reajuste zero.

"Vamos continuar protestando", disse o professor de história Jonas Paschoalick, um dos membros do grupo.

A reunião dos vereadores ontem ocorreu no meio da sessão e durou das 18h30 às 19h30. Quando retornaram ao plenário, Cícero disse que a tramitação em urgência do projeto dos 17,93% seria votada imediatamente.

Silvana, que chegou a propor aumento zero, como pediram os manifestantes, disse que não votaria a urgência sem que o texto que propõe os quase 18% fosse lido antes da avaliação da Casa.

Quando a redação foi concluída, o texto foi lido e a aprovado.

'FORA'

Durante a sessão, o Movimento Panelaço gritou o nome de todos os vereadores seguido da palavra de ordem "fora". Somente a tucana Silvana Resende foi poupada.

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