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Na contramão, São Carlos congela salários até 2016

Presidente da Câmara argumenta que os vereadores pode ter outros empregos

RICHARD SELESTRINO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Na contramão do que tem ocorrido nas Câmaras de Ribeirão Preto e Araraquara, que enfrentam a reprovação popular por terem reajustado os salários dos vereadores, São Carlos decidiu congelar por mais quatro anos os vencimentos pagos aos parlamentares da cidade.

A medida foi tomada pela Mesa Diretora da Câmara, que desistiu de colocar em pauta um projeto de lei para aumentar o subsídio mensal dos vereadores.

Pela decisão da mesa, nem mesmo a correção dos valores a partir da inflação dos últimos anos será aplicada pelo Legislativo.

Assim, os vereadores permanecerão recebendo os atuais R$ 5.800 mensais ao menos até 2016, quando terminará a próxima legislatura.

Em Ribeirão, os salários devem ir a R$ 10,9 mil e, em Araraquara, com 60% de aumento, a R$ 8.000.

De acordo com o presidente da Câmara de São Carlos, Edson Antônio Fermiano (PR), a mesa concluiu que a ajuda de custo paga para o vereador atualmente é suficiente. "E, além disso, o vereador pode ter outros empregos [fora da Câmara]. Então não vimos necessidade de aumento no valor", afirmou.

Nas duas cidades onde os salários dos parlamentares tiveram reajustes recentemente aprovados, houve pressão popular contra a decisão.

Em Ribeirão Preto, o aumento aprovado inicialmente foi de 39,8%.

Já em Araraquara, o reajuste de 60% nos vencimentos -com o qual os parlamentares passam a receber R$ 8.000 a partir de 2013- gerou uma manifestação popular nos moldes da realizada em Ribeirão desde a aprovação do projeto.

QUEIXA

Fermiano afirmou ainda que houve reclamação de alguns vereadores por não haver reajuste nos salários, mas que, apesar disso, a medida foi consenso entre a Mesa Diretora. Ele não quis citar nomes de parlamentares que reclamaram do congelamento.

Com a decisão de São Carlos, um novo reajuste somente poderá ser votado pelos parlamentares para entrar em vigor a partir de 2017.

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