Índice geral Ribeirão
Ribeirão
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Só 12% das ruas de Ribeirão têm rampa para cadeirantes

Acessibilidade é menor do que em localidades de grande porte, como Porto Alegre, de acordo com dados do IBGE

Cinco municípios da região não têm nenhuma rampa; em Motuca, 53,9% das vias têm acessibilidade

Silva Junior/ Folhapress
A manicure Marta Dias, na rua Albano de Carvalho, onde não há rampas para cadeirantes
A manicure Marta Dias, na rua Albano de Carvalho, onde não há rampas para cadeirantes

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

A manicure Marta Neves Dias, 25, sente na pele o que é a falta de acessibilidade. Cadeirante, encontra uma rampa ainda no quarteirão de casa, no Jardim Iguatemi, em Ribeirão Preto.

Mas só até virar a esquina. Depois, faltam rampas e sobram calçadas desniveladas, lixeiras e vasos. "Já caí muitas vezes na rua, indo para a escola, para a padaria."

Como Marta constata na prática, apenas 12,6% das ruas de Ribeirão Preto contam com rampas para cadeirante.

É o que revelou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Apesar de Ribeirão Preto estar acima da média nacional -apenas 4,7% das ruas possuem rampas-, municípios de maior porte já conseguiram avançar mais na acessibilidade. Porto Alegre, por exemplo, criou rampas em 23,3% das ruas.

Como Marta, Sandro Franceschini, vice-presidente do Comppid, o conselho da pessoa com deficiência, diz que não há lugar em Ribeirão considerado modelo.

"E, desses 12% de rampas, muitas estão mal cuidadas e fora do padrão", disse.

Em nota, a prefeitura informou que há 3.500 rampas na cidade, que começaram a ser instaladas em 1996.

Há exigência pelo município de que novos loteamentos e condomínios já criem rampas, assim como é feito com vias de obras públicas.

Está aprovado pelo governo estadual, diz a nota, projeto para 1.300 rampas em todos os cruzamentos centrais.

REGIÃO

A situação, porém, é ainda pior na região. Em cinco cidades -Cássia dos Coqueiros, Santa Ernestina, Santa Lúcia, Taiaçú e Terra Roxa- não há uma rampa sequer para cadeirantes.

O melhor cenário na região é o de Motuca, cidade de 4.290 habitantes. Em seus cerca de 100 quarteirões, há rampas em 53,9% das ruas.

Segundo o prefeito José Ricardo Fascineli (PT), o trabalho de criar rampas começou nas gestões passadas, há oito anos. Ainda assim, diz, muitas estão fora do padrão e, por isso, a atual administração tem corrigido falhas.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.