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Reforma do camelódromo está parada

Lojistas reclamam que imóvel, alugado desde 2010, está fechado e atrai moradores de rua e usuários de drogas

Prefeitura já gastou ao menos R$ 153 mil em aluguel de prédio que, segundo comerciantes, não está sendo usado

Edson Silva/Folhapress
Interior do prédio onde deve ser construído o novo camelódromo; obras estão paradas
Interior do prédio onde deve ser construído o novo camelódromo; obras estão paradas

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Centro de uma novela que se arrasta desde 2009, o prédio do novo camelódromo, na rua General Osório, em Ribeirão Preto, está com obras praticamente paradas e ainda incomoda pelo mau cheiro e por atrair moradores de rua.

Lojistas vizinhos ao prédio disseram à Folha que, na prática, a reforma do prédio anunciada pela prefeitura ainda nem começou.

Dois funcionários estiveram ontem no prédio, mas a cena, dizem lojistas, é rara.

Pela falta de movimento, o local acaba atraindo moradores de rua e viciados, segundo os comerciantes.

"Eles erguem a porta e entram. E aqui do lado de fora eles deixam muita sujeira, restos de comida", afirma Vera Lúcia Alves, proprietária de uma loja de bicicletas.

Sandro Rodrigues Soares, dono de um estabelecimento ao lado do prédio, conta que usuários de drogas conseguem entrar também pelo teto da construção.

Ele reclama da ausência de funcionários da prefeitura. "No final do ano, uns caras vieram aqui e tiraram a sujeira, mas depois nunca mais ninguém mexeu, fez nada. Está tudo parado".

Outro temor dos comerciantes da região é com a segurança. Eles dizem que, como é fácil pular pelo muro para entrar no imóvel, há quem use a passagem para escalar o teto de lojas vizinhas do quarteirão para roubá-las.

Há uma semana, a loja Galeria do Som, na rua José Bonifácio, sofreu um assalto.

Como foi quebrado o vidro do fundo do estabelecimento, a suspeita do proprietário é que o ladrão tenha usado prédios vazios próximos, como o camelódromo, para escalar o teto e acessar a loja.

Prometida em 2009 pela prefeita Dárcy Vera (PSD), a reforma está atrasada.

Apesar disso, a prefeitura ainda paga aluguel do imóvel, estimado em R$ 9.000 por mês. Segundo site da prefeitura, já foram pagos aos donos R$ 153 mil desde que o prédio foi alugado, em 2010.

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