Rivais se acusam sobre 'sumiço' de jornais

Uma decisão judicial que obrigou o jornal "Agora Sertãozinho e Região" a publicar um direito de resposta do tucano Zezinho Gimenez, ex-prefeito e candidato à Prefeitura de Sertãozinho, acirrou a batalha eleitoral na cidade.

O PSDB acusa o PPS, do prefeito Nério Costa e que concorre à reeleição, de sumir com exemplares do semanário no último dia 4.

O jornal pertence à família do presidente do diretório local do PPS, Eduardo Tonielo Filho.

A Justiça Eleitoral concedeu direito de resposta ao tucano devido a uma reportagem que apontou erros em sua evolução patrimonial.

"A distribuição não foi correta, tentaram esconder os jornais da população", afirmou Gimenez.

Segundo ele, foi montado um esquema em que todos os exemplares eram comprados nas bancas no momento da entrega pela empresa.

O prefeito -que foi vice de Gimenez entre 2005 e 2008 e venceu a eleição apoiado pelo tucano- disse, no entanto, que não há provas de que o partido tenha sumido com os exemplares.

Ele citou a existência de um vídeo que mostra o presidente do diretório tucano, Valter Lúcio Pinto, comprando todos os jornais de uma banca no centro.

Gimenez confirma a compra e disse que foi feita para que o partido pudesse redistribuir exemplares a quem não teve acesso.

O atual prefeito diz que o PSDB tentou "criar um fato para se sair como vítima".

O imbróglio fez o diretório tucano pedir novo direito de resposta à Justiça Eleitoral, ainda sem decisão.

O diretor de jornalismo da empresa, Luís Fernando Laurentti, afirmou lamentar a disputa política e disse que nunca houve interferência do PPS no jornal. Ele assumiu o erro na matéria e disse que o jornal publicaria a resposta mesmo sem decisão judicial.

Laurentti afirmou que são distribuídos 2.000 exemplares do jornal todas as semanas na cidade -sendo mil entregues às bancas.