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Revoltado, pai de paciente depreda UBS

Homem diz que perdeu o controle ao saber que filho não seria atendido e quebrou os vidros da recepção com capacete

Segundo o pai, eles esperaram por 3 horas em um posto; garoto seria atendido antes da confusão, diz prefeitura

Edson Silva/Folhapress
Vidros da recepção da UBS dos Campos Elíseos, em Ribeirão, quebrados por pai de paciente
Vidros da recepção da UBS dos Campos Elíseos, em Ribeirão, quebrados por pai de paciente

RAFAEL CONTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE RIBEIRÃO PRETO

Revoltado com o atendimento que seu filho recebeu na UBS dos Campos Elíseos, em Ribeirão, um homem quebrou ontem de manhã os vidros no balcão de recepção da Unidade Básica de Saúde.

O desempregado Fábio Próspero, 37, disse que perdeu o controle após saber que não seria atendido ali. Antes, já tinha levado seu filho de 13 anos à UBDS (distrital de saúde) do centro e, de acordo com ele, após três horas de espera, foi orientado a ir para a UBS dos Campos Elíseos.

Lá, segundo Próspero, queriam mandá-lo para a UPA (Unidade de Pronto-Atendimento). Foi então que o desempregado usou o capacete da moto que dirigia para quebrar os vidros do balcão de atendimento. Depois da confusão, o filho dele foi atendido na mesma unidade.

Pelo menos duas funcionárias ficaram levemente feridas com os estilhaços de vidro -uma delas teve um corte na sobrancelha.

A auxiliar administrativa Maria de Lourdes Calisto, 63, trabalha há 33 anos na unidade dos Campos Elíseos, afirmou que a UBS não tem nenhum vigilante ou guarda para fazer a segurança. "Agressão verbal é comum aqui, mas nunca aconteceu nada assim, mais forte."

O homem prestou esclarecimentos na delegacia e foi liberado no final da tarde. O delegado Ariovaldo Torrieri não registrou flagrante. A gerente da unidade de saúde, Daniela Soares, não falou com a reportagem.

Segundo o investigador Márcio Volpe Marangoni, ela não quis registrar flagrante e negociou o ressarcimento dos danos com Próspero.

PREFEITURA

Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura informou que a UBS atende casos de pediatria. Ainda segundo a administração, o paciente chegou a ser atendido na UBDS central, mas foi orientado a procurar um pediatra, pois não se tratava de urgência.

Na UBS dos Campos Elíseos, disse a assessoria, a equipe iria avaliar os sinais clínicos para decidir qual conduta seria adotada quando Próspero tomou a "atitude hostil".

De acordo com a assessoria, a consulta foi feita, a condição clínica não era de gravidade e o paciente foi dispensado para complementar o tratamento em sua casa.

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