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Deputado pede que PMs da reserva retomem as armas

Parlamentar diz que 'guerra' entre policiais e bandidos 'está instalada em SP'

Associação de oficiais em Ribeirão diz que foi informada pela PM de que atentados estão migrando para o interior

GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

O deputado estadual Major Olímpio Gomes (PDT) afirmou que a "guerra" entre bandidos e policiais "está instalada em todo o Estado de São Paulo" e recomendou que PMs da reserva voltem a andar armados.

A afirmação foi feita na sessão da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) da última sexta-feira.

O deputado fez menção ao assassinato do soldado Marco Aurélio de Santi, 43, de São Carlos, que aconteceu na manhã daquela sexta.

Na noite de sábado, o sargento Adriano Simões da Silva, 36, foi morto com oito tiros em Araraquara.

Já em Ribeirão Preto, policiais militares foram alvo de ataques na semana passada.

Num dos casos, quatro tiros acertaram o portão da casa de um policial, que atua na base dos Campos Elíseos.

De acordo com o deputado, desde o início deste ano, 70 PMs e três policiais civis foram mortos em todo o Estado. Ainda houve 92 tentativas de homicídio.

"Há mais de 30 mil inativos e não adianta dizer que eles não são alvos", afirmou o deputado à Folha.

ALERTA EM RIBEIRÃO

O tenente Dalvo Rodrigues Mango, diretor da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Ribeirão, afirmou que a entidade está em alerta.

Isso porque, segundo ele, a PM local informou a associação que os atentados na capital paulista estão migrando para o interior -inclusive Ribeirão. "Estamos todos de sobreaviso e avisando [os policiais] a ficarem atentos."

Segundo o tenente, o aviso é destinado a policiais que estão em atividade e aos que já se aposentaram.

No entanto, as associações dos oficiais em Ribeirão e na capital afirmam que o uso de arma por policiais da reserva deve ser feito apenas se houver necessidade.

Questionada sobre o alerta do quartel feito à associação, a PM não respondeu.

Em nota, a corporação afirmou apenas que, até agosto, foram mortos 62 policiais.

Já a assessoria de imprensa da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública) informou ser prematuro afirmar a existência de uma "guerra" porque os casos ainda estão sendo investigados.

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