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Via internet, psicólogos atendem brasileiros no exterior

Pacientes são moradores de áreas afetadas por desastres ou simplesmente pessoas que sofrem com a solidão

JULIANA COISSI
DE RIBEIRÃO PRETO

Moradores de áreas afetadas por desastres naturais no Japão e na Itália ou vítimas da solidão, brasileiros que vivem no exterior têm encontrado conforto na terapia.

O divã, porém, distante milhares de quilômetros, é aproximado graças à internet.

Via e-mail, Skype e MSN, psicólogos brasileiros atendem conterrâneos residentes em outros países que precisam de apoio psicológico.

Solidão, dificuldade de adaptação com a língua e até com o clima frio estão entre as razões. A orientação psicológica on-line é regulamentada no Brasil desde 2005.

Pioneiro da psicologia on-line no país, o NPPI (Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática), da PUC de São Paulo, detectou o interesse pelo serviço há quatro anos -atualmente, a média é de uma procura por mês, diz a coordenadora, Rosa Maria Farah.

Para alguns profissionais, o perfil mais comum é de mulheres, que já tendem a buscar mais cedo ajuda, e jovens familiarizados com a internet. Outros, porém, dizem que o público é variado.

Há psicólogos que buscam grupos específicos. Após o tsunami de 2011 no Japão, Lilian Nagahiro, de Maringá (PR), decidiu atender principalmente brasileiros naquele país. "Eles sofrem para se adaptar a uma cultura rígida. Trabalham em vários turnos, não têm tempo de buscar ajuda."

A psicóloga Ivana Rocha, de Belo Horizonte, tem clientes nos Estados Unidos e Canadá. Entre os conflitos que ouviu, estava o de quem passou a se sentir inútil depois de largar sua vida no Brasil para acompanhar o cônjuge.

Para a psicóloga Jane Bitencourt, de Santo André, que também tem pacientes no exterior, há uma grande idealização sobre a vida em outro país. "Mas, com o choque de realidade, muitos se frustram", afirma.

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