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PSDB e PMDB elegem 1/4 dos vereadores na região Tucanos garantiram a maior bancada, com 151 cadeiras das 945 existentes Apesar da concentração de vereadores eleitos pelos maiores partidos, número de siglas com representantes cresceu LEANDRO MARTINSDE RIBEIRÃO PRETO PSDB e PMDB elegeram juntos, no domingo passado, um número de vereadores que corresponde a pouco mais de um quarto do total de cadeiras nas Câmaras da região de Ribeirão Preto. A partir de 2013, 945 vereadores tomam posse nas 89 cidades que formam a região. Desse total, a maior bancada é composta por tucanos, que elegeram 151 parlamentares. A segunda maior força é do PMDB, com 105 cadeiras (veja quadro ao lado). No caso do PSDB, segundo especialistas ouvidos pela Folha e integrantes do partido, a influência tucana exercida principalmente pelo governo estadual é um dos motivos para o resultado -o partido governa SP desde 1995. Essa mesma influência ajudou os tucanos a garantirem a eleição do maior número de prefeitos na região. É comum que, em cidades onde um partido vence a disputa pelo Executivo, a mesma sigla também saia fortalecida na Câmara. Isso ocorreu, por exemplo, em Cravinhos, onde o PSDB governa há 12 anos e venceu novamente a eleição, para o quarto mandato consecutivo. O prefeito eleito é o tucano José Carlos Carrascosa dos Santos, o Boi, que já havia governado a cidade de 2001 a 2008. Lá, com o domínio tucano no Executivo, o partido elegeu quatro dos 13 vereadores no domingo passado. "Esse vínculo é real. Com prefeito de uma sigla, normalmente a Câmara é mais ligada a ele (partido)", diz. Já em relação ao PMDB, o tamanho da bancada está vinculado ao caráter mais municipalista que o partido sempre reconheceu ter. O presidente da sigla no Estado, o deputado estadual Baleia Rossi, diz que o resultado também é fruto de um processo de reestruturação. "Prestigiamos os companheiros tradicionais, mas trouxemos um pessoal novo." MAIS NANICOS Apesar da concentração de vereadores eleitos nos grandes partidos, o número de legendas que conquistaram cadeiras cresceu neste ano. Serão 24 siglas com representatividade na região a partir de 2013, ante 19 em 2008. Isso ocorreu principalmente em razão do aumento de cadeiras nas Câmaras, que permitiu a partidos nanicos conquistar algumas vagas. Para a cientista política Maria do Socorro Sousa Braga, professora da Universidade Federal de São Carlos e diretora da Associação Brasileira de Ciência Política, o aumento é positivo do ponto de vista da democracia. "Contribui para que diferentes setores se façam representar nas arenas políticas." O ponto negativo, diz ela, é que há siglas nanicas que acabam sendo usadas apenas como partidos de aluguel. Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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