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Tensão marca Avelino Palma após assassinato

DE RIBEIRÃO PRETO

A tensão cercou os moradores do bairro Avelino Paiva, na zona norte de Ribeirão Preto, após o assassinato do servente Marcos Paulo Flores, 32. Ele foi morto na noite de anteontem com sete tiros, dos quais seis acertaram a região da cabeça e outro no abdome.

O servente, que possui duas passagens por homicídio, além de roubo e tráfico de drogas, estava em um bar quando foi surpreendido por um homem que desceu de uma moto. Os tiros foram disparados à queima roupa e os moradores do local atribuíram a morte à Polícia Militar, embora o atirador não tenha tirado o capacete.

Revoltada, a população jogou pedras contra um carro da PM que foi até o local atender a ocorrência, exigindo reforço policial e o isolamento da área.

Na manhã de ontem, policiais rondaram o local do crime, conforme constatou a reportagem.

O porta voz da corporação, capitão Maurício Jerônimo Rafael de Melo, negou ontem a participação da polícia no crime.

Moradores decidiram adotar a "lei do silêncio", mas o pouco que falaram à reportagem dá a dimensão do clima no bairro.

Eles incorporaram um toque de recolher a partir de 18h, com o objetivo de dar segurança às crianças. Uma moradora, que preferiu não ser identificada, afirmou que eles saem na rua e não sabem se voltam. "Estamos abalados", afirmou ela.

A circulação de armas em plena luz do dia também foi constatada pela reportagem. Moradores ouvidos disseram que elas são para a "segurança".

"O que aconteceu foi covardia. Ele [Marcos] não conseguiu se defender", afirmou um amigo, que disse ter presenciado o crime.

A mulher do servente foi levada à delegacia e afirmou não saber se o marido já havia sido ameaçado. Segundo a polícia, ela também não soube dizer se Flores tinha envolvimento com a criminalidade.

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