Ribeirão Preto, Sexta-feira, 01 de Maio de 2009

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Negócios devem cair 57% na Agrishow

Movimento pode chegar a R$ 457 mi, de acordo com estimativa dos bancos

Organização rebate e diz que compras à vista podem surpreender; todos os bancos reviram as estimativas iniciais

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação) vai ter uma queda de 57% no valor total de negócios realizados, segundo estimativa dos quatro bancos presentes.
O resultado, se confirmado, será o pior da década, semelhante apenas ao de 2006, quando a agricultura viveu uma das piores crises no setor de grãos de toda a história.
Os bancos dizem que concederam R$ 879 milhões em créditos no ano passado, mas a organização divulgou o valor de R$ 800 milhões como tendo sido o total oficial de vendas -nem todas as propostas acolhidas são concluídas.
Para este ano, depois que todos os bancos refizeram suas projeções, a previsão total é de R$ 457 milhões. A crise é uma das vilãs, segundo agentes financeiros, mas a ausência das principais marcas de tratores de grande porte foi apontada como principal motivo.
"Os tratores são responsáveis por uma fatia relevante dos visitantes, mas podemos ver também que o número de pedidos para compra de implementos aumentou. É uma mudança de perfil", disse o gerente de mercado do Banco do Brasil, Almir Ferreira Alexandre.
A Nossa Caixa, que em 2008 fechou R$ 63 milhões em negócios, espera repetir o resultado, porém sem a parcela do Feap (Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista), que foi de R$ 19 milhões. O resultadopode ser ainda pior que o esperado.
"Nos três primeiros dias, tivemos apenas R$ 11 milhões em crédito concedido, o que é menos que no ano passado, mas na manhã desta quinta-feira [ontem], tivemos mais R$ 7 milhões, o que renova a esperança", afirmou o diretor de rede Paulo Roberto Ricci.
"Nós viemos para comprar, mas esperávamos preços melhores e melhores condições", disse o agricultor de Leme Antônio Sanches Basílio, 56.
A organização alegou que, por conta da crise, o volume de vendas avulsas à vista também deve ter sido maior.


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