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CRISE
D. Arnaldo afirma que há excesso de cargos comissionados na Prefeitura de Ribeirão Preto
Arcebispo critica 'gasto sem controle'
da Folha Ribeirão
O arcebispo de Ribeirão, d. Arnaldo Ribeiro, criticou ontem o
que considerara "gastos sem
controle" em determinadas áreas
da prefeitura e o "excesso de cargos de chefia em secretarias".
Ele esteve reunido ontem com
representantes de pastorais da
Igreja Católica para falar sobre os
resultados da Campanha da Fraternidade e discutir a questão do
desemprego e da violência na cidade.
Segundo Ribeiro, a prefeitura
tenta justificar a crise financeira
baseando-se na diminuição da
receita e, no entanto, continua a
dar gratificações a funcionários.
"É necessário uma maior fiscalização para saber os motivos da
queda de receita", disse.
De acordo com o arcebispo, é
possível observar "um número
muito grande de funcionários
em cargos de chefia que não seriam necessários".
No mês passado, foram realizadas três reuniões entre representantes do Sindicato dos Servidores Municipais e o prefeito para
se discutir a questão do corte de
gastos com funcionalismo, mediadas pelo arcebispo.
De acordo com o padre Francisco Vanneron, assessor das
pastorais sociais, que também
participou do encontro ontem, o
prefeito Jábali não pode se comportar "como um ditador". "A
solução para o problema não virá
de ameaças, mas, sim, de amplas
discussões", disse.
A prefeitura se defende. Para o
secretário da Administração, Armando Scozzafave, a falta de negociação ocorre porque o sindicato não aceita as propostas que
já havia aprovado.
"Estamos negociando há seis
meses na tentativa de evitar ao
máximo as demissões, mas não
estamos obtendo retorno."
Segundo ele, o número de funcionários em cargos de chefia se
mantém na mesma média dos últimos dez anos. O sindicato, por
sua vez, culpa a prefeitura pela
falta de diálogo.
Salários
Ontem, a prefeitura anunciou
que irá pagar metade do salário
dos servidores na próxima segunda-feira. No mês passado, a
data-base para pagamento foi alterada do dia 30 para o quinto dia
útil de cada mês, gerando protesto entre os servidores.
O restante será pago até o dia
11, segundo a prefeitura.
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