Ribeirão Preto, Sábado, 1 de maio de 1999

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CRISE
D. Arnaldo afirma que há excesso de cargos comissionados na Prefeitura de Ribeirão Preto
Arcebispo critica 'gasto sem controle'

da Folha Ribeirão

O arcebispo de Ribeirão, d. Arnaldo Ribeiro, criticou ontem o que considerara "gastos sem controle" em determinadas áreas da prefeitura e o "excesso de cargos de chefia em secretarias".
Ele esteve reunido ontem com representantes de pastorais da Igreja Católica para falar sobre os resultados da Campanha da Fraternidade e discutir a questão do desemprego e da violência na cidade.
Segundo Ribeiro, a prefeitura tenta justificar a crise financeira baseando-se na diminuição da receita e, no entanto, continua a dar gratificações a funcionários.
"É necessário uma maior fiscalização para saber os motivos da queda de receita", disse.
De acordo com o arcebispo, é possível observar "um número muito grande de funcionários em cargos de chefia que não seriam necessários".
No mês passado, foram realizadas três reuniões entre representantes do Sindicato dos Servidores Municipais e o prefeito para se discutir a questão do corte de gastos com funcionalismo, mediadas pelo arcebispo.
De acordo com o padre Francisco Vanneron, assessor das pastorais sociais, que também participou do encontro ontem, o prefeito Jábali não pode se comportar "como um ditador". "A solução para o problema não virá de ameaças, mas, sim, de amplas discussões", disse.
A prefeitura se defende. Para o secretário da Administração, Armando Scozzafave, a falta de negociação ocorre porque o sindicato não aceita as propostas que já havia aprovado.
"Estamos negociando há seis meses na tentativa de evitar ao máximo as demissões, mas não estamos obtendo retorno."
Segundo ele, o número de funcionários em cargos de chefia se mantém na mesma média dos últimos dez anos. O sindicato, por sua vez, culpa a prefeitura pela falta de diálogo.

Salários
Ontem, a prefeitura anunciou que irá pagar metade do salário dos servidores na próxima segunda-feira. No mês passado, a data-base para pagamento foi alterada do dia 30 para o quinto dia útil de cada mês, gerando protesto entre os servidores.
O restante será pago até o dia 11, segundo a prefeitura.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.