Ribeirão Preto, Quarta-feira, 01 de Junho de 2011

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Laudo médico diz que Oliveira Júnior estava alcoolizado

Na Câmara, após reunião de parlamentares, vereador anunciou afastamento temporário da Mesa Diretora

Político diz que estar alcoolizado é diferente de estar embriagado e que só tomou um copo de cerveja pela manhã


VENCESLAU BORLINA FILHO
DE RIBEIRÃO PRETO

O vereador Oliveira Júnior (PSC) estava alcoolizado no momento em que foi abordado pela Polícia Militar suspeito de direção perigosa pela avenida Francisco Junqueira no sábado à noite.
A conclusão consta no laudo feito pelo médico perito Gianetti Martins Garcia, que foi chamado ao plantão para avaliar o comportamento do vereador, que segundo a PM, se negou a fazer o teste do bafômetro e o de sangue.
Ontem na Câmara, o vereador subiu à tribuna para anunciar seu afastamento temporário do cargo de 1º secretário da Mesa Diretora.
Em seu lugar, assumiu Samuel Zanferdini (PMDB). O resultado do laudo foi entregue ontem ao delegado do 1º DP (Distrito Policial), Udelson Canova Simionato.
O policial encaminhou as denúncias de embriaguez ao volante e desacato para análise da Justiça.
O comando da PM afirmou, por e-mail, que o vereador se recusou a fazer o teste do bafômetro ou colher sangue para exame. A PM disse ainda que a atuação dos policiais ocorreu dentro do padrão, sem abuso de autoridade.
Anteontem, Oliveira havia afirmado que em nenhum momento foi solicitado a ele que se submetesse a exames com o objetivo de detectar a embriaguez, e que acreditava que a operação foi feita com abuso de autoridade.
A PM, por sua vez, afirma que o vereador foi multado em R$ 957,61 por dirigir alcoolizado. A infração é considerada gravíssima e representa menos sete pontos na carteira de habilitação.
Procurado, o vereador afirmou que não teve acesso ao laudo e que, para ele, alcoolizado não é o mesmo que estar embriagado.
"Só tomei um copo de cerveja pela manhã e sou diabético. Quando fico muito tempo sem comer, tenho hálito etílico", disse.

PRESSÃO
Durante todo o dia, os vereadores discutiram alternativas sobre o assunto. A Folha apurou que Oliveira, sem encontrar respaldo no regimento interno, cedeu à pressão e anunciou o seu afastamento.
Uma reunião antes da sessão acertou os detalhes para o anúncio feito em seguida. Alguns vereadores defenderam investigação. Gilberto Abreu (PV) chegou a afirmar que caberia ao menos uma advertência.
Já Marcelo Palinkas (DEM) aproveitou para pedir a inclusão na pauta da próxima sessão a votação do projeto que cria o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara, ainda inexistente.

Colaborou ARARIPE CASTILHO, de Ribeirão


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