Ribeirão Preto, Quinta-feira, 01 de Outubro de 2009

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Aposentada agride médicos e uma funcionária do IPM

Local não tinha homens da Guarda Civil Municipal no momento da agressão

Mulher se descontrolou ao ser informada de que não tinha documentos suficientes para pedir isenção de imposto


DA FOLHA RIBEIRÃO

A aposentada Aparecida Rodrigues Pereira de Carvalho, 60, tentou agredir dois médicos peritos do IPM (Instituto de Previdência dos Municipiários) ontem de manhã e feriu no rosto, próximo ao olho esquerdo, Eliane Russo, diretora do órgão, que tentava controlar a situação. No momento do incidente, não havia guarda fazendo a segurança do IPM.
Segundo o perito José Roberto Musa, que atendia a aposentada no consultório, Carvalho se descontrolou ao ser informada de que não tinha documentos suficientes para requerer isenção de IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física), benefício concedido a portadores de doenças graves.
Ao ouvir a informação do médico, a aposentada arremessou um grampeador nele, que não foi atingido, e objetos de escritório que estavam sobre a mesa do consultório.
Russo ouviu o barulho da confusão, entrou no consultório e, ao tentar salvar o monitor do computador de uma queda -a aposentada estava jogando o aparelho no chão- acabou sendo atingida no rosto por um porta-clipes.
Depois das agressões, Carvalho fugiu em um táxi. A Folha não conseguiu contatá-la ontem. De acordo com Musa, a aposentada faz tratamento psiquiátrico e é depressiva, mas não tem alienação mental, uma das situações para as quais a Receita Federal concede isenção de IRPF.
Por causa de sua conduta, considerada incompatível pelo estatuto do servidor com a função de funcionário público, Carvalho será alvo de uma sindicância, terá que apresentar defesa e pode até perder a aposentadoria, segundo Fernando Henrique Saito, assessor jurídico do IPM.
Na polícia, foi registrado boletim de ocorrência por dano ao patrimônio e lesão corporal. A aposentada deve ser chamada para prestar depoimento.
Segundo Russo e Musa, casos de agressão, não tão graves como o de ontem, e os de ameaças sempre acontecem no IPM. Eles disseram que a presença da GCM (Guarda Civil Municipal) no prédio é eventual.
"Eles [GCM] pedem para que a gente chame quando precisar. Mas você acha que dá tempo?", questionou a diretora, apontando para o ferimento sofrido no rosto.
Segundo o superintendente da GCM, André Luiz Tavares, o prédio do IPM sempre tem guardas e as faltas são eventuais. "O IPM é considerado um local prioritário, mas pode acontecer de o guarda faltar em função de um problema de saúde. Não temos guardas sobrando fora da escala", afirmou.
A Guarda tem 193 homens para fiscalizar mais de 500 propriedades da prefeitura, incluindo praças e parques. O centro, onde está o IPM, tem patrulhamento de bicicleta, moto e carro.


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