Ribeirão Preto, Sábado, 01 de Novembro de 2008

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Furto de veículos cresce em Ribeirão, São Carlos e Franca

Maior alta no período de julho a setembro foi em São Carlos, que teve 94 casos

Na soma das ocorrências das 93 cidades da região, o furto subiu 6%, passando de 1.004 registros no 2º trimestre para 1.065 no 3º

Silva Junior/Folha Imagem
Na garagem vazia, o BO do furto da camionete de Adriano Souza

ROBERTO MADUREIRA
DA FOLHA RIBEIRÃO

O número de furtos de veículos em Ribeirão Preto, Franca e São Carlos voltou a crescer no trimestre de julho a setembro deste ano. Entre as quatro grandes cidades da região, só houve queda em Araraquara. As estatísticas foram divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Segurança Pública.
Em Ribeirão, foram furtados 419 veículos nos três meses, número 10,8% maior do que trimestre anterior, que teve 378 casos. Entre janeiro e março deste ano, houve 319 furtos.
A escalada de furtos foi ainda maior em São Carlos, que registrou 94 casos entre julho e setembro. Há pelo menos dois anos, não se registrava tantos furtos de veículos na cidade (veja quadro). O total do trimestre é 22,1% maior do que o registrado entre abril e junho.
São Carlos foi ainda a única cidade entre as quatro maiores da região onde houve aumento também no roubos de veículos (quando há uso de força ou arma): dobrou de 4 para 8 nos últimos dois trimestres.
Franca teve 136 casos de furtos de veículos entre junho e setembro. É o quarto aumento consecutivo dessa estatística na cidade, se aproximando do índice registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 143 furtos.
Com exceção da alta de homicídios em Franca (de 2 para 3), os crimes envolvendo roubo ou furto de veículos foram os únicos que cresceram nas três maiores cidades da região.
Na soma das ocorrências das 93 cidades da macrorregião de Ribeirão Preto, o crime de furtos de veículos subiu 6%, passando de 1.004 casos no segundo trimestre para 1.065 no terceiro. É o maior desde o primeiro trimestre do ano passado.
A alta vai contra a tendência o Estado, que apresentou queda de 2,1%. Foram 26.143 casos no segundo trimestre contra 25.595 nesse último trimestre.
"O que percebemos é que o volume cresceu mesmo. Só em outubro aqui na minha delegacia foram 11 casos. O pior é que eles não estão sendo investigados por conta da greve da polícia", afirmou o delegado Adriano Alexandrino, do 1º DP de São Carlos - a greve teve início em 16 de setembro.
Segundo o coronel José Vicente Filho, especialista em segurança, pelo menos 50% dos veículos furtados ou roubados no interior são usados em outro crime e abandonados depois. Nos demais casos, segundo ele, os carros vão para desmanche ou clonagem.
"As formas de atacar esse crime são: inteligência, perícia e prisões. Só assim vai haver queda nas estatísticas. Nesse caso, a atribuição é da Polícia Civil", disse o coronel.
O aumento deve acarretar alta no valor cobrado pelo seguro. Segundo Pedro Antônio Lopes, diretor do Sindicato dos Corretores de Seguros de Ribeirão, o reajuste é feito com base nas ocorrências de acidentes, furtos e roubos. "O reajuste é feito de forma mensal com base nos últimos 12 meses."


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