Ribeirão Preto, Segunda-feira, 01 de Dezembro de 2008

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36 ambulantes oferecem de bolsas a peixes em 3 quarteirões do calçadão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Na última sexta-feira, por volta das 17h30, a reportagem da Folha contou 36 camelôs em apenas três quarteirões do calçadão de Ribeirão. Os irregulares ofereciam vários tipos de mercadorias como bolsas, brinquedos, óculos, acessórios para celulares, frutas e até peixes ornamentais e ervas.
A competição é grande, mas quem trabalha no ramo afirma que essa é a época para conseguir ganhar dinheiro. "Segunda-feira [hoje] eu vou estar aqui. Ué, o que eu vou fazer? Preciso trabalhar, sustentar minha casa, cuidar de filho", disse Adalberto França, 46, que disse trabalhar como camelô há 14 anos.
Neste Natal, por causa do aumento no número de fiscais e do reforço dos policiais militares e guardas civis, França teme perder dinheiro. "Minha meta era fazer R$ 3.000, mas com essa repressão toda que eles estão arrumando pra gente, eu não sei não", afirmou.
Janaína Seixas, 26, casada, mas sem filhos, está trabalhando há um mês no calçadão vendendo brinquedos. Ela conta que já teve duas lojas no centro, onde os aluguéis custam em média R$ 2.000, mas teve que desistir do negócio formal. "Não vendia como aqui porque não era no calçadão, não compensava", afirmou.
A partir de hoje, Janaína pretende trabalhar no calçadão, mas apenas após as 22h, para evitar os fiscais e policiais. "Não dá para me arriscar a perder mercadoria."
Nos últimos dias, a fiscalização tem feito diversas blitze. No quadrilátero central, qualquer tipo de comércio ambulante é proibido. No restante da cidade, ele é permitido desde que o vendedor more na cidade e tenha inscrição municipal, emitida pela Secretaria da Fazenda, mediante pagamento de uma taxa.


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