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36 ambulantes oferecem de bolsas a peixes em 3 quarteirões do calçadão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Na última sexta-feira, por
volta das 17h30, a reportagem
da Folha contou 36 camelôs
em apenas três quarteirões do
calçadão de Ribeirão. Os irregulares ofereciam vários tipos
de mercadorias como bolsas,
brinquedos, óculos, acessórios
para celulares, frutas e até peixes ornamentais e ervas.
A competição é grande, mas
quem trabalha no ramo afirma
que essa é a época para conseguir ganhar dinheiro. "Segunda-feira [hoje] eu vou estar
aqui. Ué, o que eu vou fazer?
Preciso trabalhar, sustentar
minha casa, cuidar de filho",
disse Adalberto França, 46, que
disse trabalhar como camelô
há 14 anos.
Neste Natal, por causa do aumento no número de fiscais e
do reforço dos policiais militares e guardas civis, França teme perder dinheiro. "Minha
meta era fazer R$ 3.000, mas
com essa repressão toda que
eles estão arrumando pra gente, eu não sei não", afirmou.
Janaína Seixas, 26, casada,
mas sem filhos, está trabalhando há um mês no calçadão vendendo brinquedos. Ela conta
que já teve duas lojas no centro,
onde os aluguéis custam em
média R$ 2.000, mas teve que
desistir do negócio formal.
"Não vendia como aqui porque
não era no calçadão, não compensava", afirmou.
A partir de hoje, Janaína pretende trabalhar no calçadão,
mas apenas após as 22h, para
evitar os fiscais e policiais.
"Não dá para me arriscar a perder mercadoria."
Nos últimos dias, a fiscalização tem feito diversas blitze.
No quadrilátero central, qualquer tipo de comércio ambulante é proibido. No restante da
cidade, ele é permitido desde
que o vendedor more na cidade
e tenha inscrição municipal,
emitida pela Secretaria da Fazenda, mediante pagamento de
uma taxa.
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