Ribeirão Preto, Terça-feira, 01 de Dezembro de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Luta contra a Aids foca heterossexuais

Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão, de 1985 até agora 2.814 heterossexuais contraíram a doença

DA FOLHA RIBEIRÃO

O Dia Mundial da Luta contra a Aids em Ribeirão tem como foco os heterossexuais, grupo que foge dos estereótipos dos contaminados pela doença.
Segundo levantamento da Secretaria da Saúde de Ribeirão, desde quando começaram a ser registrados os primeiros casos na cidade, em 1985, até outubro deste ano, 2.814 heterossexuais contraíram Aids.
Desde o início dos registros, os homens correspondem a 65,4% dos casos da doença. No total, 6.260 pessoas na cidade contraíram a doença ao longo dos últimos 24 anos. Atualmente, 1.300 pacientes recebem tratamento contra a doença na rede municipal.
De acordo com a coordenadora municipal do programa de DST/Aids, Fátima Neves, o uso de preservativo ainda não é "consistente" entre boa parte dessa população.
Ela cita como exemplo pessoas que deram início à vida sexual antes da epidemia da doença, no final dos anos 80, e que, por isso, não criaram o hábito de usar o preservativo.
Como a doença tem um ciclo longo -de oito a dez anos entre a contração do vírus HIV e a manifestação da doença-, há casos em que o contaminado desconhece sua situação e continua a manter relações sexuais, inclusive estáveis.
Ribeirão foi a cidade com mais de 500 mil habitantes no país que mais diminuiu a incidência de Aids entre 1997 e 2007. De acordo com dados do Mapa da Aids divulgado na semana passada, a queda no número de casos na cidade foi de 72,5% em dez anos.
Diante das particularidades da doença, como o longo ciclo entre a contração do vírus e seus sintomas, essa diminuição não pode servir para o afrouxamento das campanhas de prevenção, segundo Neves.
Por isso, além do trabalho permanente de distribuição de preservativos, Neves afirma haver a preocupação em diagnosticar casos de pacientes que não sabem que tem Aids.
Parte desse trabalho é feita durante o pré-natal das gestantes do sistema público, quando o exame para detectar o vírus da Aids é obrigatório.
O restante, segundo ela, é tarefa de convencimento. Uma das ações desenvolvidas recentemente em Ribeirão, segundo Neves, foi uma campanha que incentiva os exames.


Texto Anterior: Fazer obra no centro antes de barragem foi erro, diz diretor
Próximo Texto: Saúde: Parto caseiro exige testemunha para registrar bebê em cartório
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.