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Luta contra a Aids foca heterossexuais
Segundo a Secretaria da Saúde de Ribeirão, de 1985 até agora 2.814 heterossexuais contraíram a doença
DA FOLHA RIBEIRÃO
O Dia Mundial da Luta contra a Aids em Ribeirão tem como foco os heterossexuais, grupo que foge dos estereótipos
dos contaminados pela doença.
Segundo levantamento da
Secretaria da Saúde de Ribeirão, desde quando começaram
a ser registrados os primeiros
casos na cidade, em 1985, até
outubro deste ano, 2.814 heterossexuais contraíram Aids.
Desde o início dos registros,
os homens correspondem a
65,4% dos casos da doença. No
total, 6.260 pessoas na cidade
contraíram a doença ao longo
dos últimos 24 anos. Atualmente, 1.300 pacientes recebem tratamento contra a doença na rede municipal.
De acordo com a coordenadora municipal do programa de
DST/Aids, Fátima Neves, o uso
de preservativo ainda não é
"consistente" entre boa parte
dessa população.
Ela cita como exemplo pessoas que deram início à vida sexual antes da epidemia da
doença, no final dos anos 80, e
que, por isso, não criaram o hábito de usar o preservativo.
Como a doença tem um ciclo
longo -de oito a dez anos entre
a contração do vírus HIV e a
manifestação da doença-, há
casos em que o contaminado
desconhece sua situação e continua a manter relações sexuais, inclusive estáveis.
Ribeirão foi a cidade com
mais de 500 mil habitantes no
país que mais diminuiu a incidência de Aids entre 1997 e
2007. De acordo com dados do
Mapa da Aids divulgado na semana passada, a queda no número de casos na cidade foi de
72,5% em dez anos.
Diante das particularidades
da doença, como o longo ciclo
entre a contração do vírus e
seus sintomas, essa diminuição
não pode servir para o afrouxamento das campanhas de prevenção, segundo Neves.
Por isso, além do trabalho
permanente de distribuição de
preservativos, Neves afirma
haver a preocupação em diagnosticar casos de pacientes que
não sabem que tem Aids.
Parte desse trabalho é feita
durante o pré-natal das gestantes do sistema público, quando
o exame para detectar o vírus
da Aids é obrigatório.
O restante, segundo ela, é tarefa de convencimento. Uma
das ações desenvolvidas recentemente em Ribeirão, segundo
Neves, foi uma campanha que
incentiva os exames.
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