Ribeirão Preto, Sexta-feira, 02 de Janeiro de 2009

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Na contramão do Estado, PSDB se opõe ao DEM

Na eleição de ontem, tucanos negaram voto a integrantes do grupo de Dárcy na Câmara de Ribeirão

DA FOLHA RIBEIRÃO

Contrariando a aliança forjada no Estado, o PSDB em Ribeirão Preto iniciou ontem mesmo oposição ao governo da prefeita Dárcy Vera (DEM) durante a eleição do vereador Cícero Gomes da Silva (PMDB) para a presidência da Câmara.
Liderados por Silvana Resende (PSDB), os outros três vereadores tucanos, aliados a Maurílio Romano (PP), formaram bloco e negaram voto aos membros do grupo majoritário da Casa, composto essencialmente pelos nove parlamentares do DEM, PMDB e PR, os três principais partidos da coligação que levou Dárcy à Prefeitura de Ribeirão.
"A prefeita colocou o tempo inteiro, segundo vários colegas, que queria a base dela unida. E isso não pode acontecer na Mesa da Câmara. Quisemos mostrar que esse é um poder diferente e independente. Faremos um trabalho de fiscalização. Se ela [Dárcy] não cumprir o que falou, nós estaremos aqui prontos para fazer oposição", disse Silvana, em nome da bancada.
A eleição para a Mesa da Câmara, que terminou também com Corauci Neto (DEM) como vice-presidente, André Luiz da Silva (PC do B) como primeiro secretário e Gilberto Abreu (PV) como segundo secretário, ocorreu após a posse dos vereadores e da prefeita.
O resultado do pleito foi fruto de um acordo entre o grupo minoritário da Casa, que conseguiu fechar com Cícero a implantação de medidas de transparência nos gastos. O peemedebista se comprometeu, por escrito, a divulgar gastos dos vereadores na internet, implantar o pregão eletrônico e a tratar parlamentares de forma equânime, inclusive na nomeação de funcionários.
As propostas foram colocadas num documento assinado por 12 vereadores, incluindo os cinco do bloco PSDB-PP, além de Capela Novas (PPS), Gilberto Abreu (PV), Jorge Parada (PT), Oliveira Júnior (PSC), Walter Gomes (PR), Giló (PR) e André Luiz de Souza (PC do B).
Seguindo orientação de seus partidos, vereadores do PR e PSC, da coligação de Dárcy, desertaram, dando a vitória ao PMDB. Capela e Abreu, por causa do acordo com Cícero, votaram nele para a presidência, enquanto o bloco PSDB-PP votou em Capela para presidente e Abreu para a segunda secretaria, os dois cargos responsáveis pelos gastos da Casa. O mesmo bloco se absteve de votar para a vice-presidência e primeira secretaria.


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