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Na contramão do Estado, PSDB se opõe ao DEM
Na eleição de ontem, tucanos negaram voto a integrantes do grupo de Dárcy na Câmara de Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Contrariando a aliança forjada no Estado, o PSDB em Ribeirão Preto iniciou ontem mesmo oposição ao governo da prefeita Dárcy Vera (DEM) durante a eleição do vereador Cícero
Gomes da Silva (PMDB) para a
presidência da Câmara.
Liderados por Silvana Resende (PSDB), os outros três vereadores tucanos, aliados a
Maurílio Romano (PP), formaram bloco e negaram voto aos
membros do grupo majoritário
da Casa, composto essencialmente pelos nove parlamentares do DEM, PMDB e PR, os
três principais partidos da coligação que levou Dárcy à Prefeitura de Ribeirão.
"A prefeita colocou o tempo
inteiro, segundo vários colegas,
que queria a base dela unida. E
isso não pode acontecer na Mesa da Câmara. Quisemos mostrar que esse é um poder diferente e independente. Faremos
um trabalho de fiscalização. Se
ela [Dárcy] não cumprir o que
falou, nós estaremos aqui prontos para fazer oposição", disse
Silvana, em nome da bancada.
A eleição para a Mesa da Câmara, que terminou também
com Corauci Neto (DEM) como vice-presidente, André
Luiz da Silva (PC do B) como
primeiro secretário e Gilberto
Abreu (PV) como segundo secretário, ocorreu após a posse
dos vereadores e da prefeita.
O resultado do pleito foi fruto de um acordo entre o grupo
minoritário da Casa, que conseguiu fechar com Cícero a implantação de medidas de transparência nos gastos. O peemedebista se comprometeu, por
escrito, a divulgar gastos dos
vereadores na internet, implantar o pregão eletrônico e a
tratar parlamentares de forma
equânime, inclusive na nomeação de funcionários.
As propostas foram colocadas num documento assinado
por 12 vereadores, incluindo os
cinco do bloco PSDB-PP, além
de Capela Novas (PPS), Gilberto Abreu (PV), Jorge Parada
(PT), Oliveira Júnior (PSC),
Walter Gomes (PR), Giló (PR) e
André Luiz de Souza (PC do B).
Seguindo orientação de seus
partidos, vereadores do PR e
PSC, da coligação de Dárcy, desertaram, dando a vitória ao
PMDB. Capela e Abreu, por
causa do acordo com Cícero,
votaram nele para a presidência, enquanto o bloco PSDB-PP
votou em Capela para presidente e Abreu para a segunda
secretaria, os dois cargos responsáveis pelos gastos da Casa.
O mesmo bloco se absteve de
votar para a vice-presidência e
primeira secretaria.
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