DA FOLHA RIBEIRÃO

Se o final da safra 2009/10 já trouxe benefícios financeiros às usinas de açúcar e álcool, na outra ponta da cadeia os fornecedores de cana ainda esperam o novo ano para "surfar" na bonança do setor canavieiro.
De acordo com Manoel Ortolan, presidente da Canaoeste, apesar de a alta do preço do açúcar ter sido significativa e do álcool ter alcançado cotações melhores no último trimestre, os produtores não se beneficiaram totalmente da retomada do setor, por causa do excesso de chuvas, que diminuiu a quantidade de ATR (Açúcar Total Recuperável) da cana, acarretando a diminuição da rentabilidade do fornecedor.
A lembrança da crise, contudo, deve ficar para trás em 2010. Segundo Ortolan, algumas usinas que renegociaram pagamentos com os produtores, após ficarem sem liquidez na crise, terminam de quitar as dívidas em janeiro. É o caso, segundo ele, da Santelisa.
Para o especialista em estratégia da USP Marcos Neves, se o ano passado foi o da virada para a usina, 2010 será o ano da virada para o fornecedor.
Além dos bons preços dos subprodutos da cana-de-açúcar, os fornecedores também devem se beneficiar de um clima mais seco.


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