Ribeirão Preto, Quarta-feira, 02 de Março de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Projeto divide opiniões entre especialistas

DE RIBEIRÃO PRETO

A principal crítica de especialistas e entidade de classe à institucionalização do "bico" é o prejuízo ao período de descanso. Pesquisadora, porém, diz ver "pontos positivos".
Segundo Theodomiro Dias Neto, advogado especialista em segurança pública e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a medida é forma de "reconhecer juridicamente algo que já acontece".
Para ele, o fato de policiais serem pagos pelas prefeituras e trabalharem equipados pelo Estado é melhor que se continuassem sendo contratados por padarias, "mas não é a solução adequada".
"O descanso deveria ser compulsório, para o policial atuar em boas condições no período normal de trabalho. Isso depende de melhores salários."
O presidente interino da Adepom (Associação de Defesa dos PMs do Estado de SP), tenente Flávio Silva Santos, diz que "o certo seria aumentar salários. Assim, PMs não precisariam fazer bicos".
Hoje com salário inicial de cerca de R$ 760, um PM em começo de carreira chega a tirar, com benefícios, cerca de R$ 1.500 por mês, segundo a Adepom.
A pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP Viviane Cubas avalia que a situação é "mais complexa" e que a Operação Delegada permite mais controle dos policiais em horário de folga.
"Pelo menos o policial vai trabalhar equipado, o que dá mais segurança, e se fizer algo errado isso pode ser fiscalizado."
Em áudio divulgado ontem, por sua assessoria, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) diz: "Ganha a população porque tem mais polícia na rua e ganha o policial porque melhora seu salário".


Texto Anterior: Saiba mais: Governo federal quer "extra" na Copa
Próximo Texto: Abrão Assed está entre as 10 rodovias mais violentas em SP
Índice | Comunicar Erros



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.