Ribeirão Preto, Quinta-feira, 02 de Abril de 2009

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Após veto, Carnabeirão dará abadá aos pais

Vara da Infância proibiu entrada de menor de 18 anos desacompanhado; responsável terá de assinar termo e ficar na festa

Cerca de 5% do público é adolescente, segundo a organização; decisão estipula multa de R$ 8.000 por descumprimento

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

A organização do Carnabeirão, que começa amanhã e segue até domingo, adotou uma alternativa para evitar que menores de 18 anos fiquem fora da micareta, como foi determinado pela Justiça. O evento vai oferecer de graça um abadá aos pais que quiserem acompanhar seus filhos. Os pais terão de assinar termo em que se comprometem a ficar na festa.
Em decisão inédita, o juiz Paulo Cesar Gentile indeferiu alvará da organização que pedia a liberação dos menores desacompanhados nos blocos que não vendiam bebida alcoólica -como ocorreu em 2008.
O juiz acolheu ação civil pública movida pelo promotor da Infância e Juventude, Naul Felca, e determinou que os menores só podem entrar acompanhados pelos responsáveis legais. Nos camarotes "open bar", nem acompanhados.
Do público, que chega a 100 mil pessoas por edição, só 5% têm menos de 18 anos, segundo a organização. A multa por descumprimento é de R$ 8.000.
O abadá cortesia, como está sendo chamado, só vale para pais, avós ou tutores, responsáveis legais que têm a guarda do adolescente. Portanto, tios ou irmãos mais velhos não poderão ser apresentados como responsáveis pelos menores.
Os abadás para adultos começam a ser distribuídos hoje. Para menores, a camiseta deve ser retirada amanhã e sábado, e somente no Parque Permanente de Exposições.
O pai deverá acompanhar o filho e mostrar documento de identidade original, para retirar o abadá cortesia. O adolescente que já comprou o abadá mas não quer entrar com os pais terá o dinheiro devolvido.
Na porta da festa, pai e filho serão fotografados e o primeiro assinará um termo em que se compromete a permanecer com o filho. A organização quer dividir a responsabilidade da multa com o pai. "Se ele for embora e o menino for identificado por um representante da Justiça, vamos mostrar ao juiz que ele burlou o combinado", disse o advogado Evandro Grili, da Energia Eventos, que organiza a festa.


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