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Mortes causadas por dengue sobem para seis em Ribeirão
Boletim divulgado ontem mostra que são 13.547 casos da doença
ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO
A Secretaria da Saúde de
Ribeirão Preto confirmou ontem dois novos casos de morte por dengue. Com isso, o
número de vítimas da doença no município neste ano
chega a seis.
Um dos casos foi classificado como dengue hemorrágica -a forma mais grave da
doença - e o outro como
morte por complicações causadas pela dengue.
Dados do boletim epidemiológico divulgado ontem
pela Vigilância Epidemiológica apontam que Ribeirão
registrou 13.547 casos da
doença até o dia 1º de junho.
O número corresponde à
segunda maior epidemia da
história do município.
A maior epidemia ocorreu
no ano passado, quando foram registrados cerca de
30 mil casos e nove mortes.
A idade e o sexo das seis vítimas da dengue neste ano
não foram divulgados para
preservar suas famílias.
Segundo o boletim, oito
mortes suspeitas continuam
em investigação. Outros cincos casos foram analisados e
descartados.
Com aumento no número
de mortes pela doença, a taxa de letalidade (calculada
com base no volume de casos
graves e de óbitos) sobe de
2,2% para 3,2%.
"Ainda é menor do que o
Ministério da Saúde preconiza [que é 7,5%], mas o ideal
seria que não houvesse nenhuma morte", afirma o médico epidemiologista da Saúde, Cláudio Souza de Paula.
A taxa de internação do
município também é a maior
desde 2006. De acordo com o
boletim, cerca de 297 pessoas
foram internadas nos últimos cinco meses para que a
evolução da dengue pudesse
ser monitorada.
Para o infectologista Ivo
Castelo Branco Coêlho, da
Universidade Federal do
Ceará, o volume de hospitalizações indica que a rede está
atenta aos riscos da doença.
"Pacientes com comorbidades como diabetes e hipertensão precisam de cuidados
especiais", afirma.
Os casos da doença se concentram principalmente no
distrito oeste, onde foram registrados 3.494 registros de
dengue. As regiões leste e
norte também acumulam
mais de 3.000 casos.
No centro, foram confirmados 2.493 e na zona sul,
cerca de mil. "Vivemos uma
hiperendemia de dengue.
Onde tem mais criadouro,
tem mais caso", diz Cláudio.
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