Ribeirão Preto, Quinta-feira, 02 de Junho de 2011

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Mortes causadas por dengue sobem para seis em Ribeirão

Boletim divulgado ontem mostra que são 13.547 casos da doença

ANA SOUSA
DE RIBEIRÃO PRETO

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto confirmou ontem dois novos casos de morte por dengue. Com isso, o número de vítimas da doença no município neste ano chega a seis.
Um dos casos foi classificado como dengue hemorrágica -a forma mais grave da doença - e o outro como morte por complicações causadas pela dengue.
Dados do boletim epidemiológico divulgado ontem pela Vigilância Epidemiológica apontam que Ribeirão registrou 13.547 casos da doença até o dia 1º de junho.
O número corresponde à segunda maior epidemia da história do município.
A maior epidemia ocorreu no ano passado, quando foram registrados cerca de 30 mil casos e nove mortes.
A idade e o sexo das seis vítimas da dengue neste ano não foram divulgados para preservar suas famílias.
Segundo o boletim, oito mortes suspeitas continuam em investigação. Outros cincos casos foram analisados e descartados.
Com aumento no número de mortes pela doença, a taxa de letalidade (calculada com base no volume de casos graves e de óbitos) sobe de 2,2% para 3,2%.
"Ainda é menor do que o Ministério da Saúde preconiza [que é 7,5%], mas o ideal seria que não houvesse nenhuma morte", afirma o médico epidemiologista da Saúde, Cláudio Souza de Paula.
A taxa de internação do município também é a maior desde 2006. De acordo com o boletim, cerca de 297 pessoas foram internadas nos últimos cinco meses para que a evolução da dengue pudesse ser monitorada.
Para o infectologista Ivo Castelo Branco Coêlho, da Universidade Federal do Ceará, o volume de hospitalizações indica que a rede está atenta aos riscos da doença.
"Pacientes com comorbidades como diabetes e hipertensão precisam de cuidados especiais", afirma.
Os casos da doença se concentram principalmente no distrito oeste, onde foram registrados 3.494 registros de dengue. As regiões leste e norte também acumulam mais de 3.000 casos.
No centro, foram confirmados 2.493 e na zona sul, cerca de mil. "Vivemos uma hiperendemia de dengue. Onde tem mais criadouro, tem mais caso", diz Cláudio.


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