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Fábricas de calçados apostam na China
Missão brasileira visita país que já foi o vilão da indústria nacional para oferecer sapatos masculinos de luxo
"É mercado promissor que pode cobrir as baixas que tivemos na Europa e EUA", afirma empresário de Franca
Edson Silva/Folhapress
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Antonio Carlos Silveira, gerente de exportações da Albanese, de Franca, com calçados que pretende mostrar na China
DE RIBEIRÃO PRETO
O país que se tornou vilão
para a indústria nacional de
calçados também é a nova
aposta dos empresários do
setor para alavancar as vendas no mercados externo.
Nesta semana, representantes de seis empresas selecionadas pela Abicalçados
(Associação Brasileira das
Indústrias de Calçados), uma
delas de Franca, desembarcam na China com a missão
de inserir o sapato brasileiro
no mercado local.
O alvo dos brasileiros são
os chineses da elite, que consomem produtos de maior
valor agregado -em geral,
importados da Itália.
"No mercado chinês, o calçado brasileiro é um desconhecido", diz o diretor executivo da Abicalçados, Heitor Klein. Os números comprovam: no primeiro semestre de 2010, a China comprou
apenas 67.052 pares de sapatos do Brasil.
"O consumidor chinês para o tipo de produto que queremos vender quer marcas
reconhecidas no mercado internacional", diz Klein.
O critério de exposição em
outros países foi determinante para a escolha das empresas Albanese, Anatomic &
Co, Democrata, Dumond,
Miesko e Via Uno para a missão comercial na China.
"É muito prematuro falar
em resultados e números,
mas é um mercado promissor
que pode cobrir as baixas
que tivemos em mercados
como Europa e Estados Unidos", diz Antônio Carlos Silveira, gerente de exportações
da Albanese, de Franca.
No roteiro dos brasileiros
estão visitas a lojas e workshops em Pequim, Xangai e
Hong Kong, província considerada rebelde pela China.
O preço dos sapatos masculinos artesanais levados
pela Albanese, segundo Silveira, varia entre US$ 50 e
US$ 70, pelo menos o dobro
do valor médio do par exportado por Franca.
Desde setembro, os sapatos chineses que entram no
Brasil são sobretaxados em
cerca de R$ 23 por par. A medida antidumping era uma
reivindicação antiga da indústria nacional, sob a alegação de concorrência desleal.
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