O cancelamento do leilão de privatização da Ceterp S/A (Centrais Telefônicas de Ribeirão Preto) deixa a empresa em uma situação no mínimo desconfortável neste final de século, nitidamente marcado pelo avanço nas comunicações.
É claro que a telefônica de Ribeirão Preto ainda pode ser vendida por um bom preço e para um comprador realmente comprometido com os interesses de seus usuários.
No entanto, essa possibilidade diminuiu bastante na última semana.
Se a privatização do sistema Telebrás, na última quarta-feira, foi considerada um sucesso, o mesmo não se pode dizer da venda da Ceterp.
No momento, o quadro que se apresenta mostra uma empresa que precisa se modernizar para enfrentar a concorrência dos novos grupos -principalmente estrangeiros-, que chegam ao Brasil.
Por outro lado, essa mesma empresa, patrimônio de Ribeirão, não pode ser vendida por um preço "vil", como se fosse uma "batata quente" nas mãos do poder público. Com o cancelamento do leilão, especialistas estimam uma queda de 30% no valor da empresa.
É diante desse desafio que deve se reenquadrar a administração do prefeito Luiz Roberto Jábali (PSDB).
O prefeito precisa defender um patrimônio da cidade, mas garantindo o progresso e o conforto das gerações futuras.



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